Pacientes faltam a 20% das consultas especializadas do Ciscopar

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Com sede em Toledo e referência em atenção especializada, o Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná (Ciscopar) atende 18 municípios da região. No entanto, enfrenta um desafio recorrente: cerca de 20% dos pacientes faltam às consultas agendadas. A ausência provoca desperdício de recursos públicos e atrasa o atendimento de quem aguarda por uma vaga.

ESPECIALIDADES – Entre os atendimentos oferecidos pelo Ciscopar estão o Serviço Integrado de Saúde Mental, o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), o Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC) e o Centro Regional de Especialidades (CRE). As solicitações de consulta são encaminhadas pelos municípios que integram o consórcio, e o tempo de espera pode variar de 30 a 180 dias para o atendimento especializado.

A ausência sem aviso prévio é uma das principais causas desse gargalo no atendimento. Conforme aponta a diretora de Saúde da instituição, Ana Cristina Maschio, “cada ausência representa uma vaga que poderia ter sido utilizada por outro paciente que aguarda na fila, além de gerar atrasos e desperdício de recursos públicos. Isso impacta diretamente a eficiência do serviço e o acesso da população”.

AUSÊNCIAS – No dia 18 de outubro foi realizado um mutirão para agilizar os atendimentos. Ao todo, foram agendadas 546 consultas, das quais 155 não ocorreram devido à ausência dos pacientes, o que representa uma taxa de absenteísmo de 28,38%. A ortopedia foi uma das especialidades mais afetadas. Na oftalmologia, por exemplo, dos 100 atendimentos disponibilizados, 39,39% dos pacientes não compareceram. Já na urologia, de 50 agendamentos, o índice de faltas chegou a 36%.

CANCELAMENTO – A preferência é que o cancelamento aconteça com 48 horas de antecedência. Porém, se necessário um prazo menor, ainda assim o paciente deve comunicar da mesma forma, para que outra pessoa seja realocada. “Cada município possui a sua política de reagendamento, onde é avaliada a justificativa, políticas internas, normativas e fila de especialidade”, explica.

Já os agendamentos são feitos exclusivamente pelos próprios municípios, explica a diretora. Em consequência, também é a secretaria de Saúde de cada cidade que realiza as confirmações de consulta por meio de telefone ou mensagem, visto que precisa entregar o guia ao paciente e, dessa forma, é realizada a confirmação de disponibilidade para a consulta, pontua.

Ana Cristina reforça que “pedimos para que todos valorizem o atendimento e avisem com antecedência em caso de impossibilidade de comparecimento. Cada consulta é uma oportunidade de cuidado e acesso ao especialista. Quando um paciente falta sem aviso, outro deixa de ser atendido. Com responsabilidade e colaboração, é possível reduzir o tempo de espera”, conclui.

Da Redação

TOLEDO

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