Consultor orienta sucessões e governanças empresariais

Por Jornal do Oeste Publicado em 19/11/2025 - 12:30 Atualizado em 19/11/2025 - 09:09

Juarez Luiz Nicolotti é consultor empresarial da Go4 Consultoria de Negócios Créditos: Joana Magnabosco

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A sucessão, seu planejamento e sua governança auxiliam a alcançar o futuro ideal de uma empresa. A governança representa o alinhamento entre os sócios, os conselheiros e os diretores. Para isso, é necessário equidade, transparência e responsabilidade corporativa, o que torna capaz de gerar um ambiente de confiança, estabilidade e progresso.

O diretor associado da Go4 Consultoria de Negócios, Juarez Luis Nicolotti, afirma que “alguns executivos olham para a palavra ‘governança’ e pensam que deixará a empresa mais burocrática. Mas não, tratará de forma mais racional do que emocional, para saber se deu resultado ou não e como atingiu este resultado. Ela tende a minimizar os impactos da empresa e dará agilidade, onde tende a olhar para o para-brisa e não para o retrovisor”.

Cada empresa possui uma realidade e uma cultura diferente, portanto não há uma ‘receita’ pronta para todas. Respeitar essa singularidade com transparência permite avanços significativos. Para isso, o primeiro passo é a realização de um diagnóstico, conforme orienta Juarez. “O ideal é começar pelo diagnóstico para compreender a parte societária, comercial, operacional e gestão financeira. O diagnóstico dessas áreas requer entrevista com as pessoas para entender o processo”. A partir desta análise é possível apresentar um plano para que a empresa atinja seus objetivos em curto, médio e longo prazo.

Conforme o diretor, sua empresa de consultoria aconselha que “o ideal é montar um conselho para isso, mas é um conselho que no início é muito mais uma reunião de gestão para analisar resultados e depois ele sai do processo operacional e vem para o processo estratégico, para tratar de inovação, de mercado e de tecnologia, para poder preparar a organização”.

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SUCESSÃO – Ao se tratar da sucessão do negócio, também é necessário preparo e um plano adequado, além do desejo real do sucessor adquirir o novo cargo, bem como daquele em que passará o bastão também deve apresentar este desejo. Já o papel do consultor é instigar e gerar reflexões, visto que um consultor tem a visão de fora. “A consultoria consegue pensar de forma diferente, ela vem para provocar. O diagnóstico identifica qual é o desejo da empresa e traça o caminho em que ela quer traçar”, instiga Juarez.

Ele ainda compara o rumo da empresa com o destino de um barco. Ele relaciona a aquisição de um barco por parte dos acionistas, dos quais orientam que o mesmo deve sair de um ponto de partida para se dirigir a um destino em específico. O comandante é o Chief Executive Officer (CEO), do qual monitora este trajeto em andamento. “De tempo em tempo o CEO deve fazer as reuniões de conselho, aí entra a consultoria para direcionar este caminho para chegar onde pretende, ou seja, a sucessão onde a pessoa que foi definida e que vai assumir consiga ter sucesso na hora de ocupar o novo cargo”.

Juarez enfatiza que “o sucessor não fará igual a você porque não é você. Ele pode fazer melhor ou nem tão bem quanto você, mas nunca fará igual. O importante é ter um plano a chegar, a consultoria verifica se o caminho está adequado”.

TROCA DE CONSELHO – Juarez aponta que o ideal é que, a cada dois anos, ocorra a troca do conselho executivo, para a substituição desses membros. “Não deve trocar todos de uma só vez para não perder a cultura do negócio. Vamos dizer que a empresa está no ramo de tecnologia e ela está com conselheiros hoje voltados muito mais para estratégia e para gestão do negócio. Ela descobre um nicho de mercado que deve atuar fortemente em tecnologia. O ideal é trazer para este conselho específico para aquele negócio, para que possa trazer um diferencial”.

EMPRESAS MENORES – A transparência é fundamental também em empresas de menor porte. “É necessário tratar todos com equidade, com todo nível de informação. As decisões tomadas não podem e não devem ser alteradas até a próxima reunião. Se há alguma coisa urgente, chama o conselho e fala o que tem que arrumar uma outra forma de realizar o que foi definido, para não criar desconforto”, declara o diretor.

PODCAST ALGO A MAIS – Esta entrevista foi concedida para o podcast Algo a Mais, apresentado pela editora-chefe Bruna Manfroi. Para acompanhá-la na íntegra, acesse o link do Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=P1o7QgVAGPs

Da Redação

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