Coopavel prepara edição do Show Rural de Inverno

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“A cooperativa não pode ver apenas o aspecto comercial, mas também social de seus cooperados, por isso a Coopavel resolveu investir nas culturas de inverno, com maior ênfase no trigo, até pelo potencial que o Oeste tem para atingir”. A frase é do presidente da Coopavel Dilvo Grolli, que recebeu o JORNAL DO OESTE nesta sexta-feira (18) para uma entrevista exclusiva sobre a quarta edição do Show Rural Coopavel de Inverno, que acontece na próxima semana, de terça a quinta-feira (22 a 24).

O ritmo de trabalho era intenso por parte dos 20 expositores que irão apresentar as novidades do setor na área de 72 hectares que a cooperativa mantém às margens da BR-277, em Cascavel, na saída para Curitiba. O horário de visitação será das 8h às 18h, com entrada franca. O evento técnico tem como destaque cultivares de trigo “que estão atingindo produtividade de até seis mil quilos por hectare, o dobro da média nacional”, comentou Grolli.

Segundo o presidente da Coopavel, a ideia é tornar o evento uma referência dentro do país no que se refere às culturas de inverno. “É como uma maratona e é preciso dar o primeiro passo”, destacou o presidente, lembrando do início do Show Rural de verão, que também começou pequeno e hoje se tornou um dos principais eventos do agronegócio mundial.

“Os produtores vão encontrar o que há de melhor para uma cultura que abre uma grande janela de possibilidades especialmente aos produtores rurais do Paraná, estado dono de uma das melhores médias de produtividade do grão no País”, ressaltou Dilvo Grolli ao lembrar da vocação histórica dos três estados do Sul na produção de trigo. “Temos tradição, área, clima e agora estamos atraindo a pesquisa também. Essa soma de fatores vai nos ajudar a completar essa maratona”, comentou.

Na visão do presidente da Coopavel, está sendo feito um esforço muito grande para que o Show Rural de Inverno possa oferecer ao produtor uma variedade de opções para ele implantar no dia-a-dia. “Somente o trigo não garante a manutenção de uma propriedade”, apontou, complementando: “Mas com os números que iremos apresentar aqui e com a opção de outras opções, temos certeza que faremos um grande evento para mostrar o enorme potencial de uma cultura que avança de forma consistente no País”, destacou Dilvo Grolli.

Ainda segundo ele, um dos motivos para o produtor brasileiro não apostar mais na cultura do trigo foi a política implantada ainda na década de 90 com os primeiros acordos comerciais do Mercosul. Até recentemente, o Brasil precisava importar mais da metade do que consumia e agora está a menos de três milhões de toneladas da autossuficiência.

Dados da Conab apontam que serão colhidas nesta safra em torno de 10 milhões de toneladas, “com consumo na casa das 12,4 milhões. A área plantada no País, neste ano, deverá ser de 3,3 milhões de hectares com produtividade média de 2,9 mil quilos por hectare, mas aqui estamos colhendo duas, três vezes mais que isso e é justamente este novo cenário que pretendemos levar ao produtor”, acrescentou o presidente da Coopavel.

O potencial de crescimento de áreas com cultivos de trigo no Paraná e a expectativa de bons preços são oportunidades aos produtores rurais do Estado. “Estamos otimistas com a triticultura nacional, que em breve deverá ser autossuficiente. A Coopavel acredita e incentiva essa cultura entre os seus cooperados e agricultores de sua área de abrangência”, finalizou Dilvo Grolli.

Márcio Pimentel

Da Redação

CASCAVEL

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