Copel reúne empresas de telecom para orientar sobre segurança e cabos nos postes

Estimated reading time: 6 minutos

A Copel reuniu nesta quarta-feira (10), em Curitiba, representantes de cerca 40 operadoras de telecomunicações e dados, que atuam nas regiões Leste e Centro-Sul do Paraná, para tratar de segurança no compartilhamento de redes e do ordenamento da fiação aérea no espaço público.

“Para a Copel, a segurança é um valor inegociável. Vocês têm sido convocados pela companhia para ações programadas de organização de cabos soltos em vias públicas. São intervenções que têm que convergir para a segurança. Temos que ter o compartilhamento com a segurança”, ressaltou o gerente da Divisão de Inventário e Fiscalização do Compartilhamento de Estruturas da Copel, Rafael Buckoski.

O compartilhamento dos postes de energia com estruturas de telecomunicações e dados segue regramentos legais com os objetivos de reduzir custos, evitando a duplicação desnecessária de infraestrutura; estimular a competição universal dos serviços de telecom, facilitando a entrada de novas operadoras, e de ordenar a instalação em espaços públicos, evitando escavações de vias.

“A Lei Geral das Telecomunicações, de 1997, determina que o compartilhamento é compulsório, ou seja, a concessionária de energia tem que ceder o espaço para as operadoras de telecomunicações. A resolução conjunta da Aneel e Anatel, 1.044 de 2022 diz que o compartilhamento de estruturas não deve comprometer a segurança das pessoas e da infraestrutura”, explicou Buckoski.

O conjunto de normas e resoluções que regem o tema também tem suporte em normas técnicas da Copel.

TRABALHO CONJUNTO – Técnico de Segurança no Trabalho da Copel, Fábio Luiz Pinheiro Maciel ressaltou a importância de as empresas parceiras investirem na prevenção e capacitação dos seus quadros quanto a acidentes de trabalho. “Segurança ninguém faz sozinho, mas em conjunto. Empresas organizadas não querem ter acidentes de trabalho, porque um acidente não compensa o sucesso da produtividade. Quando ocorrem acidentes é necessário repensar processos. É importante definir boas práticas e aplicá-las”, observou.

Em sua apresentação, Maciel ainda destacou o projeto Guardião da Vida, iniciativa da Copel voltada à promoção da segurança no trabalho. “Não podemos aceitar falta de zelo com a segurança. O cuidado ativo pressupõe cuidar de si, cuidar do outro e permitir ser cuidado”, disse.

De acordo com ele, é necessário que os ritos básicos de segurança sejam seguidos em detalhes pelos profissionais que atuam junto às redes de energia e em vias públicas. Isso passa pela verificação das condições do veículo, da disponibilidade de todos os equipamentos de segurança individual e de materiais sinalização em vias, como também a conclusão de cursos sobre normas exigidas para trabalhos em altura e próximos da rede elétrica, entre outros.

“Segurança é repetição e conscientização. Não temos como saber se tem energia ou não em um cabo olhando para ele. Existem procedimentos e equipamentos próprios para verificar se existe tensão ou não”, destacou Maciel.

Ao identificar qualquer situação de risco, a orientação da Copel é que o profissional interrompa imediatamente a atividade. Em casos de acidentes que envolvam energia elétrica, a companhia deve ser acionada por meio da linha direta 0800 51 00 116. A ligação é gratuita e pode ser feita de qualquer telefone. Ao chamar, basta selecionar a opção 1 para emergências.

AÇÕES INTEGRADAS – A comunicação integrada entre operadoras e a Copel, e a Plataforma de Gestão de Compartilhamento de Estruturas da companhia – pela qual as empresas são cadastradas e notificadas quanto a situações de risco, regularização técnica e ações programadas –, também foram detalhadas em apresentações da supervisora de Inspeção e Fiscalização de Compartilhamento para as regiões Leste e Centro-Sul, Thaís Lázaro, e a supervisora de Inventário do Departamento de Compartilhamento de Estruturas, Adriane Fuhr.

São ações necessárias para reduzir o tempo de resposta em situações críticas, alertar sobre situações de risco e prevenir acidentes, realizar manutenções emergenciais e evitar interrupção nos serviços de dados.

O supervisor de Compartilhamento de Estruturas da Copel para as regiões Oeste e Sudoeste, Wellington Lucas Tondo, encerrou as apresentações do evento ao detalhar aplicação dos ordenadores, equipamentos de passagem de fiação, desenvolvidos pela Copel, que melhoram a organização do cabeamento de dados e possibilitam futuras ocupações de forma ordenada, com a identificação das operadoras, em postes com redes já instaladas.

“Os ordenadores tornam a rede mais compacta, com menor impacto visual e adequação dos cabos”, explicou Tondo.

O gerente de Compartilhamento de Estruturas da Copel, Fabrício Salmazo, reforçou que o Compartilhamento de Estruturas envolve a corresponsabilidade nas ações. “As operadoras reunidas neste evento integram mais de 6 mil profissionais que atuam na instalação e organização de cabos de telecomunicações e dados. O zelo pela segurança é prioridade e a manutenção corretiva uma necessidade para manter as estruturas em ordem e dentro das normas legais”, finalizou.

O evento da Copel com operadoras da Região Leste e Centro-sul encerrou uma série de reuniões feitas este ano com empresas de telecom que atuam em todas as regiões do Estado.

AEN

...
Você pode gostar também
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.