Covid-19: em um mês de vacinação pediátrica Toledo imunizou quase 30% do público-alvo

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Toledo completa nesta sexta-feira (18), o primeiro mês de vacinação das crianças de cinco a 11 anos de idade contra a Covid-19. Segundo levantamento da Secretaria da Saúde, até a tarde de quarta-feira (16) foram vacinadas 3.976 crianças, isso representa 29.97% do público-alvo. O Município espera imunizar 13.268 crianças com idades entre cinco e 11 anos.

Entre os vacinados foram 259 crianças com cinco anos, 415 com seis anos, 507 com sete anos, 639 com oito anos, 710 com 9 anos, 722 com dez e 724 com 11 anos. O médico e diretor da Secretaria da Saúde, Fernando Pedrotti, comenta que esses números deveriam ser maiores. “Nós entendemos que pela importância que a vacina tem e pela segurança que ela representa, esses números poderiam e deveriam ser maiores”.

Ele enfatiza que as vacinas são desenvolvidas para doenças que causam óbito e deixam sequelas. Pedrotti menciona que os questionamentos de que há poucos casos e óbitos de Covid-19 em crianças são verdadeiros quando comparados com as demais idades. No entanto, o médico pontua algumas questões que são extremamente importantes para analisar neste cenário.

“Primeiro que o público infantil é um que tende em todas as situações e doenças a ter um menor número de óbitos. Qualquer óbito que ocorre em qualquer idade é significativo, mas óbitos que ocorrem no público infantil se tornam mais significativos. Segunda questão é que a Covid-19 não é uma doença ‘boazinha’, ela é grave e deixa sequelas. Nós sabemos que pelo menos 15% das crianças vão ter sequelas de Covid-19 mesmo decorrido seis meses após elas terem tido a doença, por isso é importante ter clareza disso”.

Pedrotti explica que a literatura e os estudos sobre a doença mostram que índice de crianças acabam tendo alguma complicação após a doença é alto e se mantém ao longo do tempo de forma que, seis meses depois, 15% das crianças ainda apresentam. “Sabemos também que uma expressiva parcela das crianças que precisam ser internadas por Covid-19 evoluem para óbito. No Brasil, os estudos mostram que 6% das crianças internadas por Covid-19 evoluem para óbito”, pontua ao enfatizar a importância da vacinação para reverter esse quadro.

FAKE NEWS – Desde o início da campanha de vacinação contra a Covid-19, as vacinas têm sido alvo de disseminação de informações falsas e duvidosas. Quando o país iniciou a imunização das crianças, na primeira quinzena de janeiro deste ano, as doses pediátricas também foram questionadas por diversos grupos. Pedrotti destaca que esses atos são covardes e perversos visando evitar que crianças tenham assegurado um direito que é básico – de saúde – e expresso em legislação.

“Quando dizemos que as atitudes são covardes, são atitudes que disseminam a mentira. São notícias falsas e não é possível rastrear onde de fato teriam ocorrido e muito menos se teria ocorrido. As crianças têm direito a vacina; isso é parte do Estatuto da Criança e do Adolescente. As crianças têm o direito a vacina como os pais têm o dever de vaciná-las. Isso é uma questão legal assim como a avaliação da segurança e eficácia das vacinas. As vacinas são aprovadas no país por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), um órgão sério e que de forma alguma iria autorizar vacinas que não sejam seguras”, esclarece.

INFORMAÇÃO – As pesquisas, os dados, as informações sobre as vacinas podem ser acessadas nas páginas na internet dos órgãos oficiais como a Anvisa, o Ministério da Saúde, sociedades científicas e associações médicas como a Sociedade Brasileira de Pediatria, Sociedade Brasileira de Imunologia, Sociedade Brasileira de Infectologia, entre outras. “Sabemos que o grande risco decorre da doença e não das vacinas. Vacinas existem para prevenir óbitos e sequelas”, enfatiza o médico Pedrotti.

A vacinação pediátrica em Toledo acontece em seis locais de fácil acesso na cidade. Apesar do índice de quase 30% de vacinados, o médico acredita que nos próximos dias outras crianças também receberão a vacina.

Da Redação

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