Custo dos alimentos básicos diminuiu -0,68% em julho

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O custo para os toledanos dos alimentos básicos diminuiu -0,68% entre junho e julho, a terceira redução consecutiva, de acordo com a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos de Toledo, divulgada na última quinta-feira (21). O levantamento é realizado pelo Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR), da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Toledo e coordenado pela professora e doutora Crislaine Colla.
A redução foi impulsionada, principalmente, pela queda nos preços de itens essenciais como a batata que apresentou a maior redução no preço ao consumidor (-16,09%), em razão do aumento da oferta devido à colheita de inverno. Como reflexo da redução a cesta básica passou de R$ 668,27 para R$ 663,73, de junho para julho de 2025.
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A pesquisa também traz o índice acumulado de variação da cesta básica nos últimos 12 meses que foi de 12,70%, quando em julho de 2025 a cesta básica custava R$ 663,73 e em agosto de 2024 era R$ 588,94. No acumulado de 2025, entre os meses de janeiro e julho, a variação é de 5,95%.
Nos últimos 12 meses, foram cinco meses com aumentos e sete meses com reduções no custo. De acordo com o levantamento, em agosto de 2024 a cesta básica custava R$ 588,94, houve um aumento no custo no mês de setembro (R$ 615,22) e outubro de 2024 (R$ 643,21). Em novembro (R$ 642,64) e dezembro de 2024 (R$ 635,92) e em janeiro de 2025 (R$ 626,46) o custo da cesta básica diminuiu, com novos aumentos em fevereiro (R$ 657,44), março (R$ 661,65) e abril de 2025 (R$ 697,67). Em maio (R$ 680,13), junho (R$ 668,27) e julho de 2025 (R$ 663,73) a cesta volta a reduzir com três meses consecutivos de redução.
ALIMENTOS – Dos 13 itens da cesta básica, sete produtos apresentaram redução no preço médio em julho: a batata (-16,09%); o tomate (-10,74%); o arroz (-9,22%); o feijão (-4,22%); o café (-0,11%); a carne (-0,10); e a farinha de trigo (-0,06%). Em contrapartida, seis apresentaram aumento do preço médio: a banana (7,73%); o pão francês (7,53%); o leite (3,16%); o açúcar (2,26%); a margarina (1,60%); e o óleo de soja (1,33%).
A banana foi o produto que apresentou o maior aumento no período analisado que foi impulsionado pela redução da oferta e aumento da demanda com o retorno das férias escolares. Por sua vez, a batata apresentou a maior redução no preço ao consumidor, em razão do aumento da oferta devido à colheita de inverno.
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“A redução do preço do tomate e da batata representaram o maior impacto para a redução do índice em julho. A redução só não foi maior em função do aumento do preço do pão francês e da banana”.
A Pesquisa traz também informações sobre a variação de preço dos últimos 12 meses onde o café apresentou maior índice, aumento de 86,61%; o tomate 73,58%; o óleo de soja aumentou 22,15%; a carne com aumento de 21,11%; a margarina 7,80%; a farinha de trigo com um aumento de 7,61%; o pão francês 5,60%; o leite com aumento de 3,36%; e o açúcar aumentou 1,25%. No período, quatro produtos da cesta básica apresentaram variação acumulada negativa: o arroz (-32,92%); o feijão (-28,60); a batata (-27,93%); e a banana (-7,27%).
O levantamento mostra ainda a variação acumulada entre janeiro a julho de 2025. E no período oito produtos da cesta básica apresentaram aumento: o tomate (36,16%); o café (28,44%); a batata (24,04%); a farinha de trigo (11,53%); a margarina (9,04%); o leite (8,66%); a carne (5,41%); e o pão (4,27%). Já os produtos que apresentaram redução no preço foram: o feijão (-29,41%), o arroz (-27,04%), o óleo de soja (-9,52%); a banana (-3,42%); e o açúcar (-2,44%).
COMPARAÇÃO – A Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos de Toledo apresenta uma comparação do custo da cesta básica individual de alguns municípios e capitais brasileiras e comparações entre Toledo e os municípios de Cascavel, Pato Branco, Francisco Beltrão, Dois Vizinhos e Curitiba, situados no Paraná, além de Florianópolis e Porto Alegre, na região Sul, e outras capitais como São Paulo, Recife, Campo Grande e Belém.
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Em julho de 2025, o levantamento aponta que o custo da cesta básica de Toledo foi maior que o de Recife, Pato Branco, Francisco Beltrão e Dois Vizinhos e, portanto, mais barata que as cestas das demais localidades apontadas na pesquisa. Na comparação com a cidade vizinha, o custo da cesta básica de Cascavel (R$ 676,05) foi 1,86% maior que o custo da cesta de Toledo (R$ 663,73) no período.
Entre as cidades citadas no levantamento, a pesquisa mostra que houve aumento no custo em Recife (R$ 2,80%) e em Pato Branco (R$ 1,04%), já as demais cidades apresentada na pesquisa tiveram redução no custo. “Isso indica que a maior parte do país seguiu uma tendência de redução, a qual Toledo acompanhou”.
NOVIDADE – O levantamento apresentou também uma novidade do Dieese. A partir de julho de 2025, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos passou a realizar e divulgar os resultados da pesquisa da cesta básica para todas as capitais brasileiras. Dentre as 27 capitais analisadas, 15 apresentaram redução no custo da cesta básica em julho de 2025.
PROCESSO – A metodologia adotada para calcular o custo da cesta básica familiar está baseada nos pressupostos metodológicos do Dieese e considera os custos alimentares de uma família de três pessoas – que seria uma família média, composta por quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças, sendo que as duas crianças correspondem a um adulto.
Para o cálculo da cesta básica, são coletados os preços de 13 produtos: carne (patinho, coxão mole e coxão duro), leite integral, arroz parboilizado, feijão preto, farinha de trigo, batata monalisa, tomate longa vida, pão francês, café em pó, banana caturra, açúcar cristal, óleo de soja e margarina. A pesquisa é realizada em estabelecimentos selecionados de Toledo e distribuídos em todas as regiões da cidade.
Da Redação
TOLEDO