Dengue: é preciso reforçar os cuidados no inverno

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Um novo informe semanal da dengue, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) na última terça-feira (3), alerta para o número de casos e óbitos da doença. Os dados apontam que foram registrados mais 4.294 casos da doença e seis óbitos. Os dados do novo ano epidemiológico 2025 totalizam 222.702 notificações, 71.770 diagnósticos confirmados e 71 óbitos em decorrência da dengue no Estado.

Um dos óbitos registrados no informe é do município de Santa Helena, área de abrangência da 20ª Regional de Saúde de Toledo. O paciente era do sexo masculino, de 24 anos e sem comorbidade. A notificação foi realizada na data de 1º de abril e o óbito no dia 9 do mesmo mês. Os outros pacientes residiam em Mandaguaçu, Maringá e Nova Esperança (15ª RS de Maringá); Porecatu (17ª RS de Londrina) e Telêmaco Borba (21ª RS de Telêmaco Borba).

O relatório ainda aponta que as regionais com os maiores números de casos confirmados neste período epidemiológico são a 17ª RS de Londrina (16.902); 14ª RS de Paranavaí (11.578); 15ª RS de Maringá (9.241); 19ª RS de Jacarezinho (5.188); e 16ª RS de Apucarana (4.396).

ATENÇÃO – A 20ª Regional de Saúde de Toledo contabiliza 9.517 casos notificados no período epidemiológico, mas confirmados apenas 1.625 casos. O chefe da Divisão de Vigilância em Saúde da 20ª RS, Felipe Hofstaetter Zanini, explica que há um grande número de notificações por conta da similaridade dos sintomas com outras doenças.

“Foi notificado um número muito grande de casos suspeitos de dengue, no entanto cerca de 10% teve resultado positivo. Isso demonstra uma baixa circulação da dengue, mas que demostra circulação de outras doenças com sintomas semelhantes”.

Os principais sintomas da dengue são: febre alta (acima de 38 graus), dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores intensas no corpo e nas articulações, mal-estar, falta de apetite e manchas vermelhas pelo corpo. Zanini lembra que alguns desses sintomas são similares de outra doenças. “Entendemos ter conflito com os sinais clínicos de outra doenças, como as síndromes respiratórias agudas SRAG’s. O Estado do Paraná está tendo um número muito grande de gripes e outros vírus de síndromes respiratórias”.

Contudo, ele enfatiza que é imprescindível a investigação destas doenças para que se otimize os tratamentos e ações de controle. “Exemplo disso foi a presença circulante de chikungunya pela primeira vez no território da 20ª Regional de saúde, além do alto número de Influenza e outras síndromes respiratórias agudas”, pontua.

CUIDADOS – Faltando menos de 20 dias para o início do inverno, o frio já está intensificando a cada dia. E mesmo com as baixas temperaturas, a dengue não deixa de ser um problema, ainda que o ciclo de desenvolvimento do mosquito seja mais lento. Os cuidados de prevenção devem ser mantidos durante todas as estações do ano.

O chefe da Divisão de Vigilância em Saúde da 20ª RS lembra que o Aedes aegypti quando inseto adulto, fica mais inativo abaixo dos 17º C, apresentando baixa circulação neste período. Contudo, os cuidados para evitar a proliferação devem ser constantes.

“Por isso, a aplicação de inseticidas e ações que controlariam o inseto adulto são ineficientes. A busca e eliminação de possíveis criadouros é a principal ação, pois embora não evoluindo, o ovos depositados nestes criadouros sobrevivem meses nestes ambientes secos aguardando a presença de água e a temperatura ideal para sua evolução e eclosão”, conclui.

Da Redação

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