Dengue: prevenção no inverno evita problemas no verão

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Mesmo no inverno, a preocupação com a dengue volta a ganhar destaque. Faltando menos de um mês para o término da estação, o clima tem se alternado bastante na região Oeste com chuva, frio e pequenos ‘veranicos’, que são dias de muito calor fora de época. Apesar dos casos de dengue reduzirem nesta estação, é neste período que os cuidados devem ser mantidos para evitar um cenário complicado quando o verão de fato chegar.

O diretor de Vigilância em Saúde, Junior Palma, comenta que mesmo com a redução dos casos neste período, as equipes de Combate às Endemias continuam encontrando focos de dengue nas vistorias. “Quando chove acumula água em objetos de uso no dia a dia ou em criadores naturais, isso tem preocupado muito as equipes”.

O acúmulo de água parada em pequenos recipientes como copos, potes de plástico, comedouros de animais, baldes, garrafas e até tampinhas jogadas no quintal junto com o calor criam condições ideais para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

Neste período o mosquito transmissor da dengue circula menos, mas se os criadouros não forem eliminados os ovos depositado podem permanecer intactos por meses e quando a estação quente recomeçar eles vão eclodir, dando origem a um novo ciclo do mosquito da dengue.

De acordo com Boletim Informativo da Dengue, atualizado na última sexta-feira (22), Toledo contabiliza 1.171 casos confirmados de dengue neste ano. Os dados mostram que 50 pessoas aguardam resultado de exame e 4.612 notificações foram descartadas. O município ainda registra dois óbitos em decorrência da doença em 2025. Palma enfatiza que nas últimas duas semanas, as regiões que tiveram maior número de notificações foram Vila Operária, Santa Clara IV, Boa Esperança e Jardim Concordia.

PREVENÇÃO – Mesmo com a redução viral no inverno, as medidas preventivas contra a doença devem ser intensificadas. A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito, eliminando a água parada em pontos que podem se tornar criadouros.

O diretor de Vigilância em Saúde, Junior Palma, explica que os Agentes de Combate às Endemias estão intensificando as orientações nas visitas aos imóveis, enfatizando esses cuidados simples, mas muito importantes para reduzir os casos de dengue.

“Importante a população receber o Agente de Combate às Endemias (ACE) porque quando ele entra dentro da casa ele vai repassar uma orientação mais técnica, ele vai fazer uma vistoria mais minuciosa de detalhes que muitas vezes ‘passam batido’ pela população”, explica.

Além do reforço das orientações nos imóveis, Palma enfatiza que as equipes também estão com ações educativas em espaços públicos e privados com orientações sobre prevenção e cuidados com a dengue, além de outras situações como as notificações de escorpião, identificadas em oito bairros de Toledo. Outra atenção especial neste momento.

Contudo, as equipes enfrentam mais um desafio no combate a dengue: a recusa da comunidade em receber os Agentes de Combate às Endemias.

“A comunidade pode colaborar muito no combate a dengue recebendo o Agente de Combate às Endemias nas casas, participando de ações coletivas, entre outras iniciativas. Importante salientar que o Setor não trabalha somente com o tema da dengue, mas os agentes orientam a população sobre várias outras doenças como a febre amarela. E fundamental que a população receba o Agentes de Combate às Endemias”, conclui.

Da Redação

TOLEDO

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