Dengue: usuário deve estar atento em como buscar atendimento no SUS

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Febre alta, dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, dor de cabeça, mal estar, falta de apetite e manchas vermelhas no corpo são os principais sintomas da dengue. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e sangramento de mucosas. Ao apresentar um desses sintomas é imprescindível procurar uma unidade de saúde para atendimento. A realização do teste é importante para o acompanhamento mais preciso, além das orientações médicas necessárias para a recuperação.

A porta de entrada para o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) desde crianças, adultos, gestantes e idosos é a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da residência. A diretora do Departamento de Atenção Primária em Saúde Tatiane Veiga Rodrigues explica que ao chegar na Unidade, os pacientes são acolhidos e conforme a demanda apresentada direcionados para médico ou enfermeiro.

“Quando identificado que o paciente apresenta sintomas de dengue, o primeiro atendimento é realizado pelo médico que irá fornecer o atestado de repouso. Se não houver mais vagas médicas, esse paciente é direcionado para o atendimento com o enfermeiro, o qual realiza a classificação da dengue, prescreve a hidratação e medicações necessárias, conforme protocolo municipal para atendimento de dengue para enfermeiros, e faz uma consulta compartilhada com o médico se houver a necessidade de atestado para repouso”.

Tatiane conta que após o primeiro atendimento, os pacientes que necessitam de acompanhamento diário para dengue devem procurar a UBS de referência do seu território levando consigo o cartão de acompanhamento onde será realizada aferição da pressão arterial e a prova do laço. “Na unidade também será feito o atendimento com o enfermeiro para avaliação do resultado do hemograma e reavaliação do estado clínico do paciente, orientações e condutas conforme a avaliação”, complementa.

Ela ainda esclarece que todas as Unidades Básicas de Saúde do município estão preparadas para atendimento de pacientes com dengue, desde a identificação dos sintomas, classificação, hidratação venosa e encaminhamento do paciente se piora clínica ou se for identificado dengue tipo C ou D.

ATENDIMENTO – Desde o final de fevereiro, o município disponibiliza uma unidade sentinela na Vila Paulista para o atendimento exclusivo a pacientes com suspeita de dengue. O Pronto Atendimento Municipal Dr Jorge Milton Nunes (Mini-hospital) e Unidade de Pronto Atendimento (UPA) também recebem os pacientes com suspeitas da doença.

Quanto aos serviços de Pronto Atendimento, a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde Juliana Beux Konno explica que é utilizado o protocolo de Manchester para classificação de risco que organiza o atendimento de acordo com a necessidade e gravidade de cada caso. “Essa triagem é realizada no momento da chegada do usuário ao serviço. A UPA é o Pronto Atendimento para referência de crianças e adultos no município. O PAM somente atende adultos”.

Com o aumento semanal de novas notificações e casos confirmados, Juliana pontua que o município trabalha para ampliar o atendimento nas unidades. “Estamos aumentando as equipes de trabalho através do pagamento de horas extraordinárias e também foram contratados profissionais através do regime de Processo Seletivo Simplificado (PSS). Tudo isso com objetivo de ampliar o número dos atendimentos na rede de saúde municipal. Infelizmente essa questão da dengue está complicado no estado inteiro”.

DADOS – No último boletim da dengue, divulgado no dia 8, o município contabilizava 1.160 casos positivos da doença; 1.333 aguardavam resultados dos exames; 1.1227 foram descartados, totalizando 3.720 notificações. A doença já fez três vítimas fatais no atual ano epidemiológico (iniciado em agosto de 2023) e há ainda cinco óbitos de pacientes com sintomas da doença em investigação.

A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde salienta que o principal desafio no combate à dengue é o lixo doméstico. Ela cita que no ano passado foram feitas mais de 500 ações coletivas em escolas, associações de moradores, clubes e demais espaços com orientações sobre a dengue. “Também foram realizados mutirões de limpeza pela cidade, Ecopontos itinerantes e mesmo assim, identificamos que a população não colabora 100%. É preciso uma colaboração de todos para conseguirmos vencer essa luta”, finaliza Juliana.

Da Redação

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