Dia do Agrônomo: a importância da profissão que está ligada a vida humana e dos animais

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O Dia Mundial do Agrônomo é celebrado em 13 de setembro. A data é uma maneira de homenagear os profissionais que atuam nesse amplo setor – predominante no Oeste do Paraná. O trabalho do agrônomo também está ligado à promoção da saúde humana e animal.
“A agricultura está intimamente ligada a vida (humana e dos animais)”, destaca o engenheiro agrônomo, advogado e mestre em Desenvolvimento Rural e Agronegócios, Adalberto Telesca Barbosa. “Nos primórdios, o ser humano era coletor de alimentos na natureza e em razão disto tinha uma vida nômade, dada as mudanças para áreas onde tivesse alimentos. Com o início do cultivo de plantas e a domesticação de animais foi possível o ser humano ter morada fixa”.
Barbosa aponta que a divisão do trabalho tornou possível a criação de aldeias e, mais tarde, de cidades, onde o excedente da produção dos que permaneceram nas áreas rurais tornou possível esse agrupamento das pessoas. No entanto as variabilidades do clima (estiagens, neve, etc.) colocavam dificuldades para o ser humano que passava por épocas de grande escassez de alimentos. “Daí a necessidade de criar técnicas de cultivo e buscar através da observação (pesquisa) desenvolver práticas que melhorassem a estabilidade da produção. Nesse cenário, surgem então pessoas que fazem esse trabalho e inicialmente monges nos mosteiros e futuramente os técnicos agrícolas, engenheiros agrônomos e demais profissionais ligados à área. Essa evolução é relativamente recente, sendo Charles Darwin (1850) um dos primeiros a iniciar estudos que culminaram na ciência agronômica moderna”.
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ASCENSÃO – Segundo Barbosa, a agropecuária no Brasil teve uma ascensão significativa nos últimos 50 anos. Ele pontua que esse avanço fez com que um setor que tinha pouca expressão na composição do Produto Interno Bruto Nacional, atualmente conseguisse alcançar 25%, dando uma relevância importante ao segmento.
Essa importância, de acordo com o profissional, fez com que se ampliassem os investimentos e com isso abriram-se oportunidades para os engenheiros e engenheiras agrônomas nas diferentes funções que surgiram e isso fez com que se multiplicassem os cursos de formação em agronomia e, consequentemente, o número de profissionais.
Como toda profissão, a classe também tem seus obstáculos. “Os profissionais de Agronomia no geral não partem para atividades autônomas, sendo em grande número assalariados. Com a precarização do trabalho assalariado, os vencimentos iniciais da categoria, no geral, ficaram bastante defasados mesmo existindo por lei um salário-mínimo profissional. Isso faz com que no início de carreira deve haver muito empenho e dedicação, pois o mercado de trabalho acaba reconhecendo os bons profissionais”.
POLO DO AGRONEGÓCIO – O profissional destaca que a região oeste do estado do Paraná, e o Estado do Paraná como um todo. “Temos um agropecuária pujante e desenvolvida, e que alcança altos índices de produtividades. Mesmo considerando a redução de áreas de cultivo com o crescimento das cidades e estruturas produtivas, o aumento constante das produtividades e intensificação das atividades, faz com que o volume final continue crescendo”.
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Barbosa cita que a cada nova safra surgem novas técnicas, cultivares e produtos. Isso faz com que a atualização constante seja requisito fundamental para que o profissional possa desenvolver plenamente a profissão e atender a expectativa da demanda pelo seu trabalho.

Responsabilidade ambiental: agronomia é uma atividade que interage diretamente com os recursos naturais
Lidar com o campo exige também os cuidados com o meio ambiente. A responsabilidade ambiental é de todos, mas envolve diretamente os profissionais que atuam nessas áreas e os engenheiros agrônomos são fundamentais nesse processo.
A agropecuária, de acordo com o engenheiro agrônomo, advogado e mestre em Desenvolvimento Rural e Agronegócios, Adalberto Telesca Barbosa, é uma atividade que interage diretamente com os recursos naturais, dessa forma, qualquer intervenção deve ser precedida de avaliação de impactos.
“Como os cientistas alertam há pelo menos 30 anos que temos uma mudança climática em curso e que precisa ser mitigada, sob pena de termos um ambiente impróprio, é papel do engenheiro agrônomo avaliar o impacto dos sistemas de manejo sobre o ambiente”, aponta.
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IMPATOS POSITIVOS – Barbosa cita que existem alguns exemplos de ações que impactaram positivamente o ambiente natural e ao mesmo tempo trazem benefícios as atividades econômicas desenvolvidas pela agropecuária. “Podemos exemplificar a implantação do sistema conservacionista de solos e água, onde o Oeste do Paraná serve de modelo para o mundo, o sistema de plantio direto, a transformação de dejetos em energia e biofertilizantes, a geração e o uso da energia fotovoltaica e agora se apresentando como viável a substituição gradativa dos insumos químicos por biológicos”, salienta.
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AVANÇOS CONTÍNUOS – Conforme o engenheiro agrônomo, a agricultura brasileira sempre buscou alcançar os avanços obtidos por outros países no setor agropecuário, especialmente EUA e Europa. “O conhecimento e o desenvolvimento continuado de tecnologias em agricultura tropical tornaram o país referência, reconhecido e requisitado para a replicação desse modelo especialmente no continente africano, que se apresenta como uma fronteira com excelentes oportunidades. A produção de energia limpa a partir da produção agrícola (combustível), traz novos horizontes dando mais uma atribuição a atividade e perspectivas de crescimento”, conclui ao parabenizar os profissionais pela data.
Da Redação
TOLEDO