Dia Mundial da Atividade Física: combater o sedentarismo é promover a saúde

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Dia Mundial da Atividade Física: combater o sedentarismo é promover a saúde

Combater o sedentarismo é um dos objetivos do Dia Mundial da Atividade Física – celebrado na data de 6 de abril. Para ter mais qualidade de vida é preciso cuidar da saúde. A atividade física coloca o corpo em movimento.

Foi a Organização Mundial de Saúde (OMS) que instituiu a data. O dia tem como objetivo incentivar, lembrar e reforçar as pessoas que a prática da atividade física deve fazer parte do cotidiano.

“A atividade física é importante para o pleno desenvolvimento humano e para promoção de saúde”, reforça a coordenadora do curso de Educação Física da Universidade Paranaense (Unipar), campus de Toledo, Fernanda Michelan. “Ela representa todo e qualquer movimento corporal com gasto energético, podendo ser atividade de âmbito de lazer e/ou até mesmo ir a pé ou de bicicleta para a escola, praticar atividades durante o trabalho, trabalhos domésticos, assim como esportes em geral”.

Fernanda destaca que as pessoas que desenvolvem algum tipo de atividades física podem reduzir riscos de doenças cardíacas, pressão arterial alta, diabetes. Além disso, a atividade física é importante para a saúde física, mental e social ao decorrer da vida.

COMBATER O SENDETARISMO – Optar pelo sedentarismo pode desencadear uma série de malefícios a saúde. “O estilo de vida sedentário é prejudicial e pode favorecer o ganho de peso, o aumento da pressão arterial, da glicose e lipídios no sangue, o que aumenta o risco de doenças cardiovasculares e metabólicas, como a hipertensão e o diabetes”, alerta.

Para quem deseja sair do sedentarismo a profissional cita que basta dar o primeiro passo e ser persistente. “Oriento sempre começar com atividades que geram prazer e alegria, o mais importante é a frequência de atividades, escolher atividades aeróbicas como caminhar, andar de bicicleta, correr, nadar, entre outras”.

A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA – A pandemia de 2020 reforçou a importância da prática de atividade física e exercício físico ao mostrar os benefícios, tanto físico e mental, para a população do mundo todo. “Saliento que aquelas pessoas que praticavam atividade física regularmente demonstraram um menor risco à saúde em geral. A atividade física é fundamental para uma vida saudável e deve ser praticada regularmente em qualquer faixa etária, desde que seja adaptada às necessidades e características de cada pessoa”, conclui.

Da Redação

TOLEDO

Dona Marina, de 72 faz atividades físicas há 16 anos
Crédito: Arquivo Pessoal
Dona Marina, de 72 faz atividades físicas há 16 anos Crédito: Arquivo Pessoal

“A atividade física protegeu o meu coração”, diz aposentada

A atividade física faz parte da rotina da aposentada Marina Gomes dos Santos há 16 anos. Ela frequenta o Centro de Revitalização da Terceira Idade (Certi), Dr. Wilson Carlos Kuhn, na Vila Pioneiro desde a sua inauguração. No local, ela já fez atividades na piscina e atualmente participa do grupo da ginástica.

Com boa saúde e os exames sempre em dia, a aposentada não tinha restrições e nem se preocupava com relação a atividades que sempre desempenhava com muita dedicação.

Contudo, em agosto de 2019 dona Marina passou por um grande susto. Ela começou a passar mal enquanto estava em casa sozinha. Em poucos minutos, seu marido chegou e ela logo foi socorrida pelo Samu. Naquele momento Dona Marina estava tendo um infarto.

No Mini-hospital Doutor Jorge Nunes ela foi reanimada e encaminhada para uma unidade hospitalar em Cascavel onde recebeu os tratamentos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ao todo, foram sete dias de internamento no hospital.

RECUPERAÇÃO – Durante a sua recuperação, os médicos comentaram com dona Marina que ela estava viva por um milagre. “Eles me disseram que o que aconteceu comigo era muito raro. As plaquetas do sangue ‘embolam’ segundo eles e o normal era dar trombose. Mas no meu caso subiu e foi para o coração e trancou duas veias. E como eu havia ganhado músculo no coração e resistência nas veias, elas não estouraram. No caso, a atividade física tinha feito o trabalho dela e protegeu o meu coração”.

Graças a dedicação de anos de atividade física, dona Marina se recuperou rápido e retornou logo para casa. Aos poucos ela voltou as atividades da rotina de casa e, após um ano de acompanhamento médico foi liberada para fazer as atividades físicas. “No começo eu voltei com uma atividade mais leve, mas depois que fiz os exames e fui liberada para a rotina normal e graças a Deus não sinto nada, nem falta de ar”, conta a aposentada.

ROTINA – Com 72 anos, dona Marina frequenta as atividades no Certi duas vezes por semana, terça-feira e quinta-feira, com aulas de 45 minutos. Além disso, ela faz caminhadas de 30 a 40 minutos todos os dias. “Essas atividades me ajudam muito, me deixam disposta para fazer as tarefas de casa e me trazem muitos benefícios. Não tenho dor no corpo e nem fraqueza. O meu corpo dói se eu ficar sem fazer nada”, comenta a aposentada.

Da Redação

TOLEDO

Ao longo de 7 anos, Bruna Bilatto emagreceu 73,5kg
Crédito: Arquivo Pessoal
Ao longo de 7 anos, Bruna Bilatto emagreceu 73,5kg Crédito: Arquivo Pessoal

Bruna Bilatto fez bariátrica e encontrou na atividade física uma aliada

O julgamento enfrentado por pessoas obesas pode ser doloroso e impactar não apenas a saúde física, mas também a emocional. A técnica em informática Bruna Karine de Andrades Bilatto, de 33 anos, sentiu isso na pele. Durante anos, manteve um estilo de vida sedentário e uma alimentação desregulada, o que levou ao desenvolvimento de hipertensão e diabetes. No entanto, um acidente mudou sua perspectiva e a fez repensar sua relação com o corpo e o bem-estar.

Bruna sofreu um acidente de trânsito e fraturou o calcâneo, o osso que forma o calcanhar. Como consequência, ficou três meses sem andar, sobrecarregando apenas uma perna, o que prejudicou o seu joelho. O alerta médico veio em seguida: seria necessário perder peso para evitar problemas ainda mais graves. “Com o ferro implantado, sentia muitas dores e não conseguia praticar atividades físicas. Assim, percebi que apenas a reeducação alimentar não seria suficiente para emagrecer e, por isso, optei pela bariátrica”, relembra.

O renascimento de Bruna tem data: 23 de julho de 2018, dia em que passou pela cirurgia de redução de peso. O procedimento, indicado para casos de obesidade severa, tem diferentes técnicas, como o bypass gástrico e a gastrectomia vertical (sleeve), que reduzem a capacidade do estômago e promovem mudanças no metabolismo. O pós-operatório exige disciplina e mudanças permanentes no estilo de vida, e Bruna abraçou esse desafio.

Por recomendações médicas, no início ela praticava apenas caminhadas diárias. Com o tempo, ganhou mais autonomia e, após um período de acompanhamento, recebeu liberação para a musculação. “Desde então, me adaptei facilmente. Claro, tem dias que bate a preguiça, mas como tracei objetivos e sei tudo o que vivi com a obesidade, ela passa rápido”, enfatiza.

A mudança de hábitos se consolidou na rotina de Bruna. Hoje, ela frequenta a academia cinco vezes por semana e adota uma alimentação equilibrada. “Minha dieta não tem restrições, mas como com moderação. Para manter o foco, preparo marmitas e frutas semanalmente, evitando escolhas erradas. Também passei a ler rótulos dos alimentos para controlar calorias e fazer compras mais saudáveis. Minha alimentação se baseia em um déficit calórico diário, e aumentei o consumo de água para ajudar na manutenção do peso”, explica.

Além da transformação física, Bruna também percebe mudanças na saúde mental e na autoestima. “Tenho mais disposição para as atividades do dia a dia, minha confiança melhorou e os problemas de saúde desapareceram. Compartilho minha rotina nas redes sociais e, com isso, consegui incentivar outras mulheres a mudarem de vida. Nunca imaginei que minha jornada contra a obesidade pudesse inspirar tantas pessoas”, comemora.

Da Redação

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Ana e Bruno falam sobre a importância de uma atividade física.
Crédito: Divulgação
Ana e Bruno falam sobre a importância de uma atividade física. Crédito: Divulgação

Saúde do corpo e da mente exige mudanças de hábitos

Saúde do corpo e da mente. Mudanças de hábitos e de vida. O crossfit é uma modalidade de atividade física que ganha cada vez mais adeptos. Desde as crianças com muita energia, passando por adultos sedentários e chegando na melhor idade. O que todos tem em comum é a busca por melhor qualidade de vida e, neste contexto, o crossfit define-se como treinamento funcional. Ana Sanches e Bruno Garicoix são atuam neste ramo e eles participaram do Programa Conversa Oeste, do JORNAL DO OESTE.

O educador físico Bruno explica que o crossfit é uma atividade dinâmica. “As aulas são desafiadoras. Repassamos os treinos e mais um desafio ao participante. Para cada aluno é lançado um desafio. As aulas acontecem em grupos ou de maneira individualizada, sempre respeitando a realidade de cada pessoa”.

Podem participar dos treinos aquela pessoa que está muito tempo sem treinar ou iniciante. Bruno explica o treino é adaptado para a realidade de cada um. “É possível alterar a intensidade de cada atividade”.

ORIENTAÇÕES – Bruno e Ana salientam que com o aval do médico qualquer pessoa pode praticar o crossfit. “Nós conseguimos realizar as adaptações necessárias. Exemplo: a pessoa tem problema no joelho e ela não consegue saltar. No crossfit, ela pode subir ou descer de uma caixa ou de um step. Outro cidadão não pode correr na rua, nós temos o remo. Esse exercício trabalha a parte de carga respiratória e retira o impacto”.

Ana enfatiza que qualquer pessoa pode começar o crossfit e não precisa se preparar. “Nós temos uma aluna, de 80 anos idade e ela mantém a rotina dos treinos. Todos os exercícios são adaptados para a idade dela, como atividades de força, de resistência, de condicionamento ou de equilíbrio”.

INCENTIVO – Bruno complementa que a academia chegou a ter alunos com grau de obesidade e o nível de sedentarismo elevados. “Nós buscamos incentivar a todos e é gratificante observar a evolução de cada participante. Se hoje, você conseguiu fazer cinco polichinelos, está tudo bem. O importante é tentar evoluir a cada dia. Para ter uma boa saúde, as pessoas precisam manter a disciplina da atividade física aliada com uma boa alimentação. Isso faz cada um crescer”.

Quando se fala em resultado, o treino, a alimentação, o descanso, a visita com rotina ao médico são importantes. “Nós precisamos cuidar de todas as partes para manter uma boa saúde e qualidade de vida”, pondera Bruno.

BASE – Conforme Ana, o crossfit está focado no condicionamento físico do aluno. “O crossfit torna-se o esporte base para outras atividades, porque ele te prepara para muitos outros. O crossfit é generalista, pois ele fortalece o corpo de seu participante”.

Ana e Bruno complementam que o esporte é o caminho para a mudança de hábito. “Ele atua em questões básicas e que farão a diferença nas vidas das pessoas no futuro”.

Mais informações do episódio Conversa Oeste podem ser conferidas no endereço: https://www.youtube.com/watch?v=KbS_0BR_2Fg. São informações sobre os desafios e os benefícios dessa modalidade que conquista cada vez mais adeptos.

Da Redação

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