Dia Mundial do Transtorno Bipolar: os desafios das mudanças dos estados de humor

O Dia Mundial do Transtorno Bipolar é comemora na data de 30 de março e tem o intuito de promover discussões sobre transtornos bipolares. A ideia é levar informação à população e eliminar os diversos estigmas sociais que envolvem o transtorno.
A psicóloga, Jane Patti, cita que o transtorno bipolar envolve uma desregulação do humor, ou seja, como a pessoa é afetada com a realidade externa. Ela pontua que essa condição traz sofrimento ao paciente visto que fica suscetível a crises que não condizem aos estímulos do ambiente.
“A pessoa pode ficar agitada, ter uma ‘explosão’ de agressividade, entre outros comportamentos que ficam foram do contexto em que ela está. Condições de estresse como perdas, traumas, família, entre outras, além do ambiente, tendem a justificar o transtorno, contudo, pesquisas apontam que também pode envolver componente hereditário”, destaca.
Jane comenta que, de acordo com a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA), o transtorno bipolar afeta aproximadamente 140 milhões de pessoas no mundo. Ela acrescenta que, geralmente, os sintomas aparecem antes dos 30 anos e atinge principalmente pessoas na faixa etária dos 18 aos 25 anos.
IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO – Entre as vertentes do tratamento, a profissional comenta que acontece com base em três estratégias fundamentais. Ela explica que tais estratégias envolvem uso de medicamento (que visam estabilizar o humor); psicoterapia (realizada com o intuito de identificar os ‘gatilhos’ que desencadeiam as mudanças) e apoio familiar (interação e ajuda dos familiares).
“Sempre que o paciente tem crises, ele acaba gerando uma atmosfera que prejudica suas relações sociais. A agressividade gera conflito, a pessoa tende a vive condições de isolamento, entre outros episódios. Com essa rede multidisciplinar e de apoio quando todo o tratamento vai se encaixando, quando a pessoa busca o autoconhecimento é possível identificar os fatores, as ações, os ambientes que desregulam e desencadeiam mudanças de atitudes, dando um passo de cada vez, com a orientação, o acompanhamento profissional, medicamento quanto recomendado e o suporte dos familiares a qualidade de vida é melhorada”, enalte Jane.
Da Redação
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