Dia Nacional e Mundial de Doação do Leite Humano: BLH do Bom Jesus faz a diferença na 20ª Regional de Saúde

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Uma importante fonte de vida, de saúde e de muito amor. O leite materno é o único alimento que o bebê precisa até os seis meses de vida. Enquanto muitos recém-nascidos são agraciados com o aleitamento materno em ‘livre demanda’, outros contam com a bondade daquelas mães que fazem a doação desse líquido tão precioso. O Dia Nacional e Mundial de Doação do Leite Humano é celebrado, na data de 19 de maio, como uma forma de agradecimento das doares e enaltecimento desse líquido precioso.

Desde março de 2007, a data tem ainda mais impacto na 20ª Regional de Saúde, depois que passou a contar com o Banco de Leite Humano (BLH) Doutor Jorge Nisiide do Hospital Bom Jesus. A unidade presta os atendimentos que ajudam diversos bebês. A prioridade do leite doado são os bebês da UTI Neo Natal e aqueles que nascem no hospital e precisam de complemente durante a internação.

Diversas mães, durante o período de amamentação, produzem mais leite do que o filho necessita para o desenvolvimento saudável. Nesses casos é possível dividir com quem precisa esse precioso alimento. Com esse gesto de solidariedade e amor essas mulheres podem doar a quantia excedente sem prejudicar seus bebês. Dessa forma elas contribuem com a alimentação daquelas crianças que não podem ter acesso ao leite das próprias mães, seja pela falta de produção ou algum outro problema.

Dados da equipe do Banco de Leite Humano do Hospital Bom Jesus apontam que, no momento, a unidade conta com 36 doadoras de Toledo e 47 doadoras de outros municípios da área de abrangência das 20ª Regional de Saúde. “Com esse número de doadores e, consequentemente, as doações recebidas, é possível ter um bom estoque que supre a demanda do momento”, declara a equipe ao pontuar que o processo envolve oscilações no quesito de doação do leite e do número de crianças internadas na UTI Neo Natal.

O leite humano doado alimenta crianças prematuras e recém-nascidas de baixo peso que não sugam, portadoras de deficiências imunológicas, de diarreia protraída, de alergias a proteínas heterólogas e casos excepcionais determinados por critérios clínicos. Esses pequenos e seus familiares têm muito para agradecer aquelas mamães que aceitaram compartilhar.

LEITE PRECIOSO – A equipe reforça que o leite materno é fundamental para saúde dos bebês, pois ajudar a reduzir a morbimortalidade infantil ao diminuir a incidência de doenças infecciosas, além disso, proporciona nutrição de alta qualidade para a criança, contribuindo para seu crescimento e desenvolvimento. O aleitamento materno também contribui para a saúde da mulher, pois reduz riscos de determinados tipos de cânceres e de anemia, além de ampliar o espaçamento entre partos e proporcionar benefícios econômicos para a família. Quanto mais tempo uma criança for amamentada, maior será a sua imunidade e proteção contra infeções, bem como o vínculo entre mamãe e bebê.

ATUAÇÃO – As gestantes e as mamães recebem as orientações de como preparar as mamas para a amamentação e os problemas que podem acontecer. O trabalho da equipe do BLH inicia logo após a mãe receber alta do hospital. Os profissionais explicam a importância da doação – que pode ser feita em qualquer quantidade. As mulheres que procuram o BLH para fazer doação são cadastradas, se elas têm excesso de produção e os exames da gestação com resultados negativos, podem ser doadoras. As doadores recebem o material necessário para a coleta, bem como todas as informações de como coletar e armazenar o leite até ele ser recolhido e encaminha do BLH.

As mamães com dificuldades devem ligar no telefone (045) 2103-2013 e agendar horário. Os atendimentos nas instalações no BLH acontecem todos os dias da semana no período das 7 horas às 19 horas, inclusive nos feriados. Esse trabalho ocorre via Sistema Único de Saúde (SUS), ou seja, é gratuito. As orientações são de acordo com as dificuldades apresentadas pela mamãe.

O PROCESSO – O leite precisa passar por diversas etapas antes de chegar até os bebês. A primeira fase é a análise sensorial que compreende a avaliação do cheiro e o visual do leite humano. Na sequência é realizado o teste de acidez com utilização do processo de titulação é avaliada a acidez do leite humano, classificando em padrões de referência aceitáveis.

Logo após a pasteurização, quando o leite humano é submetido a temperaturas elevadas para garantir a eliminação de 100% dos microrganismos patogênicos e 99,9% da microbiota saprófita. Também acontece o processo de dosagem do valor calórico de cada leite e destinação adequadamente a cada receptor.

Depois de todos esses processos, o leite precisa ser armazenamento em temperatura controlada. Por isso, os frascos de leite humano pasteurizado permanecem armazenados no freezer até sua utilização, garantindo a estabilidade da composição nutricional. Todos esses processos certificam a qualidade do leite, podendo ser liberado para consumo após emissão do laudo microbiológico.

Da Redação

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