Paraná sedia o II Encontro Nacional das Centrais Disque Denúncia

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A Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp) sedia, até a sexta-feira (31), o II Encontro Nacional das Centrais Disque Denúncia, evento que neste ano reúne as coordenações dos serviços de denúncia de 16 estados, além do anfitrião Paraná e do Distrito Federal. O objetivo do evento, que começou nesta terça (28) com palestras, mesas redondas e debates é, além da integração entre as centrais, o intercâmbio de experiências, a padronização de procedimentos e a apresentação de boas práticas.

De acordo com o diretor-geral da Sesp, coronel Adilson Luiz Prusse, o encontro reflete o desejo de integração dos representantes da segurança pública do país pela evolução do serviço de denúncia, canal de participação da população na redução da criminalidade. “Nossa gestão é marcada pela integração das forças de segurança. Neste encontro reunimos um grupo eclético de civis e militares com expressiva representação de mulheres, é uma honra discutir um tema tão importante”, afirmou.

O tenente-coronel Walter Antônio de Aguiar, coordenador do Disque Denúncia 181 paranaense, falou da participação do Estado na primeira edição do encontro nacional das centrais, no Rio de Janeiro, em 2024. Segundo ele, conhecer os serviços dos demais estados possibilita um acréscimo na qualidade no Paraná. “Tivemos contato com experiências que nos ajudaram a aprimorar o programa de recompensas que será implantado aqui”, afirmou.

Uma das palestras foi ministrada nesta terça-feira pelo agente de polícia judiciária Gladson Fabian Marques e o soldado Ângelo Sirino Pedro, ambos do Centro de Análise, Planejamento e Estatística (Cape) da Sesp. Eles falaram dos 20 anos de história do Cape e dos sistemas usados no Paraná para a gestão de dados, como o B.I. (Business Intelligence) e o Sistema de Controle de Ocorrências Letais (SCOL).

“Nossa chefia nos dá autonomia para especialização em mapas usados para melhoria contínua dos processos de auditagem de drogas, mortes violentas intencionais e dados que dependem do Cape”, explicou Marques. Ele afirmou ainda que a gestão da informação torna o uso dos relatórios da Sesp muito mais confiável para os gestores.

Para o coordenador-geral do Disque Denúncia do Rio de Janeiro, Renato Almeida, o encontro no Paraná é a continuidade para a integração das centrais. “Essa iniciativa do estado do Paraná fortalece a troca de informações e experiências com resultados muito positivos a todos”, explicou. “Queremos com encontros regulares criar soluções nos estados para mitigar o crime em todo o Brasil”.

Segundo o diretor da Divisão de Controle De denúncias da Polícia Civil do Distrito Federal, Josafá Leite Ribeiro, o encontro nacional cria novas dinâmicas ao trabalho das centrais de disque denúncia. Para ele, a divulgação constante dos canais à população é necessária para o aprimoramento do serviço. “Como um mecanismo seguro de delatar crimes de forma anônima e contribuir com a segurança pública dos estados”, disse.

DISQUE DENÚNCIA – Criado em 2003, o Disque Denúncia 181 no Paraná é um programa que se diferencia do número de emergência da Polícia Militar do Paraná (PMPR). Anônimo, ele garante sigilo aos denunciantes e ajuda as polícias a prevenir e investigar. Inicialmente o programa atendia apenas denúncias de tráfico de drogas. Hoje são 58 modalidades de crimes listados, de diversas naturezas.

O modelo atual foi instituído por decreto estadual em 2016 e batizado Disque Denúncia 181. Pelo serviço, os cidadãos podem, por exemplo, informar feminicídios, homicídios ou o paradeiro de pessoas desaparecidas. As denúncias podem ser feitas tanto por telefone como pelo site www.181.pr.gov.br.

Violência contra idosos, racismo, furtos e roubos e uma série de crimes podem ser encaminhadas por este canal. Linhas digitais criptografadas garantem o sigilo absoluto das informações e identidade dos denunciantes. O Centro Integrado de Denúncias 181 ainda gerencia e analisa o material que alimenta um banco de dados da segurança pública.

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