Drones: novas tecnologias e aplicações são apresentadas em curso

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A Associação dos Engenheiros Agrônomos de Toledo promoveu um evento intitulado como “Drones – Tecnologias e Aplicações”. A programação aconteceu, na última quarta-feira (16), na Pontifícia Universidade Católica (PUC), campus Toledo. O objetivo foi divulgar essa nova tecnologia e o seu uso na agricultura.

De acordo com o presidente da Associação, o engenheiro agrônomo Leodacir Francisco Zuffo, a Associação pretende levar aos técnicos, aos acadêmicos, aos estudantes, aos produtores e ao público em geral o conhecimento e as inovações.

“Esse é o primeiro curso de drone no município de Toledo, mas já é um mercado consolidado. Os equipamentos são acessíveis para a compra do agricultor e eles geram economia na propriedade. No entanto, alguns produtores ainda possuem receios em adquiri-los”, afirma Zuffo.

A economia na propriedade é apenas um dos benefícios e o presidente da Associação acredita que os produtores vão começar a adquirir o equipamento a curto prazo devido a maneira que é realizada a aplicação do produto. “Com o drone é possível evitar o desperdício e a contaminação de rio e da flora, por exemplo”.

A tecnologia pode ser considerada nova, porém ela não ocupará o espaço de outros equipamentos já consolidados, como os tratorizados ou a aviação. “O drone é uma ferramenta nova no mercado nacional e está com uma boa aceitação no mercado. Existe um pouco de receio por parte dos produtores ou dos empresários do campo, porque nem todos possuem amplo conhecimento sobre o uso dessa tecnologia”, comenta o engenheiro agrônomo.

CONHECIMENTO – Para ampliar a comodidade de quem adquire o drone, Zuffo salienta que algumas empresas já fornecem – inclusive – a licença, a carteira de piloto e uma série de exigência da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). “O que não pode acontecer é o drone ficar voando à vontade, ou seja, o produtor precisa ter todos os documentos em dia”.

Por fim, o presidente da Associação enfatiza que esse é o primeiro evento promovido pela entidade e para o próximo ano mais quatro cursos estão programados. “A finalidade é levar conhecimento sobre diversas áreas ao público. Assuntos como drones, solos, doenças, entre outros serão abordados. Além disso, pretendemos qualificar o profissional e incentivar para que ele fique atento sempre as novas tecnologias”.

RESULTADOS – O gerente de vendas da empresa Eavision, Victor Agostinho apresentou resultados práticos de drones de pulverização na agricultura durante a sua palestra. “A empresa está no mercado brasileiro para estar mais próxima do consumidor. Assim, conseguimos um melhor suporte de pós-vendas, peças e técnicas de aplicações”, comenta o profissional.

Segundo Agostinho, esse mercado é considerado novo. “Infelizmente, faltam parâmetros de aplicações e de protocolos. Parcerias estão sendo mantidas com o mercado nacional para trazer as aplicações técnicas para a utilização do drone”.

Victor Agostinho destaca os benefícios do uso do drone – Foto: Graciela Souza

Conforme o profissional, o modelo do equipamento trabalhado pela empresa possui resultados mais efetivos e, principalmente, proporciona mais economia ao produtor e consegue atingir o alvo com maior eficiência. “Isso faz com que a planta absorva o produto químico com maior eficiência”, detalha.

ACEITAÇÃO – Apesar de todas as vantagens do uso do drone na agricultura, o produtor ainda está um pouco cético com relação ao equipamento. Agostinho destaca que é algo cultural e, infelizmente, o produtor realiza a maior parte da aplicação com os tratores e outros com o avião. “Precisamos auxiliar o produtor na compreensão e na eficiência dessa tecnologia. Ele precisa compreender que a aplicação com drone é tão efetiva quanto a do avião. A técnica do avião está consolidada no mercado”.

O gerente de vendas comenta que é o drone realiza uma aplicação mais localizada e mais focada na plantação. “Esse sistema rompe com a barreira de volume de área aplicada”.

INVESTIMENTO – A aquisição de uma aeronave com uma estrutura completa tem o investimento de aproximadamente R$ 500 mil e esse valor retorna em curto prazo. “Pois, para quem trabalha com prestação de serviço acaba sendo um negócio lucrativo. O conjunto, em si, do drone custa em torno de R$ 250 mil, mas ainda existem os demais investimentos, como transporte, gerador, tanque de misturador, os quais são gastos adicionais e podem ser realizadas adaptações”, enfatiza Agostinho.

Contudo, o gerente de vendas comenta que o drone – de maneira geral – está mais acessível ao produtor. “Para operar o drone é preciso ter conceito agronômico de aplicação e o curso tem sido oferecido pela fábrica. Fornecemos um treinamento operacional ao equipamento e conseguimos passar os protocolos de aplicações. O nosso objetivo é trazer facilidade e tecnologia ao produtor”, conclui.

Da Redação

TOLEDO

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