PF vasculha 61 endereços em operação contra fraudes tributárias
A investigação foi aberta em 2018 e identificou que CNPJs ‘laranjas’ eram usados para emitir notas fiscais falsas, simulando compra e venda de sucata de alumínio e alumínio bruto, com o objetivo de gerar créditos fiscais fictícios às empresas do grupo principal investigado.
Nos últimos três anos, as autoridades identificaram uma tentativa da organização criminosa de expandir o poder econômico, por meio da aquisição de outras empresas do setor para também torná-las sonegadoras.
Na tentativa de dar aparência de legalidade ao esquema e de burlar os órgãos de fiscalização, o grupo fazia ajustes no fluxo de quantidade de produtos de interesse, notas fiscais, pagamentos e até simulava o transporte de mercadorias inexistentes.
“Para dar maior credibilidade a essas transações de compra e venda, o grupo mantinha um complexo esquema de pagamentos e recebimentos de notas fiscais das empresas “blindadoras” e “noteiras”, com o objetivo de simular a operação mercantil e dificultar o rastreamento pelo fisco”, explica o Ministério Público Federal, que também participa da investigação ao lado da Receita Federal, Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Os crimes investigados são de sonegação fiscal, falsidade ideológica, uso de documento falso e fraude tributária. As fraudes são estimadas em aproximadamente R$ 800 milhões anuais, sendo que R$ 300 milhões se referem a tributos federais (IPI, PIS e Cofins) e R$ 500 milhões a tributos estaduais (ICMS).