Essência Criativa: Edy Braun transita entre estilos com alma e autenticidade

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Em meio ao silêncio que antecede a criação, Edy Braun enxerga matéria-prima onde muitos veem apenas o comum. Para ela, tudo o que toca, e até o que sente, é arte em potência. Com uma trajetória forjada na observação, na experimentação e na liberdade, a artista constrói um caminho singular e autodidata.
Edy define que “a arte para mim, desde o início, foi experimento. Sempre experimentei os materiais ao meu redor, observei as suas mudanças através do tempo e das intempéries. Sempre tive o que está ao redor como material de arte, como matéria-prima.”
Sua versatilidade artística, seu caminhar livre e intuitivo a levou por transitar por diversas técnicas e suportes, que vão desde bordado, escultura, porongo, barro, xilogravura, litogravura, aquarela e corantes brasileiros. Sua curiosidade também a levou ao universo dos mosaicos, com materiais tão distintos quanto cascas de ovo, plástico, vidro e cerâmica.
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REINVENÇÃO – Edy Braun se define como uma artista que gosta dos desafios, da inversão e da reinterpretação. “Não sou de repetições, gosto sempre de ver o mesmo material por outro ângulo, o mesmo material com outro sentido.” Assim, constrói sua obra com a convicção de quem conhece os próprios instrumentos. “Considero artista aquele que tem o domínio dos materiais. Quem não conhece os materiais, não pode dar um destino a eles e nem uma significação a eles”, declara.
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A PALAVRA – A palavra, no entanto, é o fio condutor de sua história, onde inclusive Edy é poeta e declamadora. “Ao longo dos pontos da minha trajetória, fui sempre mais uma escritora, uma contadora de histórias e uma poeta”. Desde a infância, revela ter encontrado na literatura a forma mais profunda de se expressar. “Considero a palavra como traço, ela é paisagem, sentimento, dogma e norma. Considero as partes mais elevadas da arte a literatura, a música e o teatro”, pontua.
A visão de Edy sobre a arte envolve a perspectiva de cada pessoa. “Eu acho que cada indivíduo que exercita algo de artístico, exercita o seu autodomínio, sua consciência de si, a consciência das suas possibilidades e ele se projeta no mundo”. Além disso, a arte é também uma ferramenta de consciência e projeção. Ela acredita no papel fundamental da cultura na formação de uma sociedade.
É por isso que, em sua visão, não há como separar arte de humanidade. “Penso que a arte para a sociedade é um exercício de autonomia, é um exercício de liberdade, um exercício de autoidentificação, necessária para a formação humana”, conclui.
Da Redação
TOLEDO