Embrapa pesquisa efeitos da Covid no setor de pescado

11

Metade dos participantes de pesquisa feita em parceria pela Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO) e pela Universidade Federal do Tocantins (UFT) não modificou a frequência de consumo de pescado por conta do distanciamento social causado pela pandemia da Covid-19. Ao mesmo tempo, 27% disseram que reduziram o consumo, 18% responderam que aumentaram e 4% pararam de consumir peixes no período. Os números foram arredondados para melhor entendimento; por isso, não fecham em 100%.

E qual era o consumo médio antes da pandemia? De acordo com a pesquisa, 26% consumiam pescado ao menos uma vez na semana; 24% consumiam duas ou três vezes no mês; 21% responderam que a frequência era de duas ou mais vezes na semana. Para 11,5%, o consumo era de uma vez no mês; outros 11,5% raramente consumiam; 4,5% não sabiam ou não relataram; e 1% nunca se alimentavam de pescado.

Esses são alguns números obtidos no estudo. Mais de 700 pessoas de todas as regiões do país responderam ao questionário aplicado virtualmente no ano passado. “Este estudo foi realizado para identificar as atitudes dos consumidores de pescado frente a pandemia pelo novo coronavírus e buscou entender o quanto esta doença atingiu esse segmento em parte dos consumidores brasileiros”, explica Diego Sousa, que trabalha com Transferência de Tecnologia na Embrapa.

Segundo ele, o trabalho “demonstrou que a pandemia alterou os canais de comercialização e a forma de consumo de pescado, apresentando como algumas das principais características: aumento na aquisição de peixe congelado; diminuição no consumo de comida japonesa; preferência em adquirir o pescado em hipermercados e na forma de delivery”. De acordo com a pesquisadora Patrícia Mochiaro, da Embrapa, “estudos como esse trazem grande benefício para o setor de pescado que ainda é carente de pesquisas por ser relativamente novo, se comparado a outras proteínas de origem animal, como carne de boi e o frango. O raio x do consumo de pescado frente a situação pandêmica elaborado pela Embrapa e colaboradores trouxe informações de grande valia e que merecem nossa atenção”.

BRASÍLIA