Equipe reforça ações contra a dengue no primeiro semestre

Estimated reading time: 5 minutos
O inverno não é considerado um período crítico para a dengue, uma vez que o ciclo de desenvolvimento do mosquito seja mais lento e o número de casos seja menor. Contudo, neste período de baixas temperaturas, o mosquito Aedes aegypti pode sobreviver e a prevenção continua essencial durante essa estação.
Dados do Boletim Informativo da Dengue – de 29 de dezembro de 2024 a 27 de junho de 2025 – apontam 1.124 casos confirmados da doença no primeiro semestre. No período foram descartados 4.070 casos e 419 aguardam resultado. Os primeiros seis meses do ano ainda contabilizam dois óbitos em decorrência da doença.
“Tivemos nos quatro primeiros meses do ano um crescimento expressivo de casos de dengue que agora tende a diminuir no inverno. A redução já foi observada no começo de junho e no final do semestre a situação era mais tranquila, porém o mosquito não fica extinto nesse período, por isso os cuidados devem ser durante o ano todo”, pontua o diretor de Vigilância em Saúde, Junior Palma.
- Acompanhe nossa página do Jornal do Oeste no Instagram
- Entre no canal de notícias do Jornal do Oeste no Telegram
- Mantenha-se atualizado no grupo de WhatsApp do Jornal do Oeste
AÇÕES – Durante o primeiro semestre foram realizadas 42 ações educativas no município com destaque para as atividades feitas com diversos segmentos da sociedade, como clubes de serviço, empresas, entre outros. Uma das ações aconteceu na Feira do Comércio do Jardim Panorama, outra em parceria com o Sesc Toledo e ainda com o Rotaty Club, além de diálogos semanais com empresas.
Foram mais de 90 mil imóveis vistoriados pelos Agentes de Combate a Endemias (ACEs) durante o período. Contudo, há também um número expressivo de imóveis onde as equipes não conseguiram realizar a visita. No primeiro quadrimestre eram 44.347 imóveis que estavam fechados.
Apesar dos esforços para conseguir realizar a vistoria no maior números de imóveis, a equipe conseguiu recuperar somente 1.288 imóveis. E neste período também foi identificada situação que tem preocupado as autoridades em saúde: a recusa em receber o Agentes de Combate a Endemias (ACEs).
“Sempre orientamos a população para receber os agentes nos imóveis, contudo eles relatam ter dificuldade de acesso principalmente em condomínio e prédios. Os agentes precisam entrar nos imóveis, fazer a orientação para a população”, complementa ao enfatizar que os agentes continuam fazendo as vistorias mesmo no inverno, porque as notificações não acabam. “Neste momento estamos fazendo as orientações para quando chegar o verão, período mais crítico, o cenário não piorar”.
Outra ação realizada pela equipe de combate a endemias são as visitas agendadas. Uma oportunidade da população escolher um momento diferente para receber o agente de endemias para a vistoria. Junior Palma cita que essa modalidade ainda está baixa, poucas pessoas optam pela visita agendada no horário do almoço ou no final de semana – sábado.
- Acompanhe nosso canal de notícias do Jornal do Oeste no YouTube
- Siga nosso canal do Jornal do Oeste no TikTok
- Curta nossa página do Jornal do Oeste no Facebook
NOTIFICAÇÕES – O diretor de Vigilância em Saúde, Junior Palma, cita que os agentes continuam com as notificações e autuações em casos específicos identificados nas vistorias. As notificações acontecem quando o agente de endemias visita um imóvel e na vistoria identifica focos de dengue. “O proprietário/morador é informado sobre a situação, recebe uma notificação e um prazo para regularizar. Duas notificações no prazo de dois anos já é encaminhado como auto de infração”.
Os principais locais considerados críticos para a dengue são toneis para armazenamento de água, lixo doméstico – materiais em desuso – e vasos de plantas. “No inverno a situação da dengue acalma um pouco por conta da condição biológica do mosquito, mas é preciso eliminar os focos. As pessoas podem relaxar com relação as medidas e os focos podem aumentar. Com a volta do calor, retornam os casos de dengue”, conclui.
ESTADO – Dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgados na terça-feira (1º) o informe epidemiológico semanal da dengue. Foram registrados mais 1.382 casos da doença e 13 óbitos no Paraná. Os dados acumulados do ano epidemiológico 2025 totalizam agora 244.537 notificações, 82.849 diagnósticos confirmados e 97 óbitos.
No total, 398 municípios já apresentaram notificações da doença, que é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, e 379 possuem casos confirmados. Os novos óbitos ocorreram entre março e junho, sendo oito mulheres e cinco homens, com idades entre 26 e 96 anos, todos com comorbidades.
As regionais com os maiores números de casos confirmados neste período epidemiológico são a 17ª RS de Londrina (19.938); 14ª RS de Paranavaí (12.261); 15ª RS de Maringá (10.410); 19ª RS de Jacarezinho (6.655); e 12ª RS de Umuarama (5.056).
Da Redação
TOLEDO