Projeto de equoterapia da Polícia Militar amplia atendimento com apoio da Sanepar

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Com apoio da Sanepar, a Polícia Militar do Paraná está ampliando o atendimento ao público no projeto de Equoterapia do Regimento de Polícia Montada (RPMon). Graças à cobertura do espaço destinado à prática terapêutica, o projeto conseguiu ampliar e manter a regularidade dos atendimentos. O novo picadeiro coberto foi inaugurado em dezembro de 2024 e recebeu doações e patrocínios de diversas entidades e empresas, entre elas a Sanepar. A estrutura trouxe mais conforto, segurança e regularidade para as sessões de terapia.

Com a cobertura, o alcance do programa passa de 120 para até 175 crianças e adolescentes. Desde sua criação, em 1991, o Centro de Equoterapia da PMPR já beneficiou mais de 5 mil pessoas com tratamento gratuito, voltado a familiares de membros da corporação e cidadãos de baixa renda. A equoterapia é uma atividade terapêutica que utiliza cavalos para promover desenvolvimento físico, emocional e social a pessoas com deficiência ou neurodivergentes.

Segundo o diretor-presidente da Sanepar, Wilson Bley, contribuir com a instalação da cobertura é também investir em qualidade de vida e inclusão. “Esse apoio representa nosso compromisso em estar presente em ações que transformam comunidades e dão oportunidades para quem mais precisa”, disse.

O apoio da Sanepar reforça a política de patrocínios da Companhia, que prioriza iniciativas sociais, educacionais e esportivas alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e à promoção da saúde da pessoa com deficiência.

IMPACTO E FUTURO DO PROJETO – Antes da obra, as sessões frequentemente precisavam ser canceladas em dias de chuva ou sob sol intenso, comprometendo a regularidade da terapia. Agora, a cobertura do picadeiro garante proteção para praticantes, profissionais e cavalos, evitando interrupções e garantindo continuidade mesmo em condições climáticas adversas.

Segundo a capitã Gisele Lopes, coordenadora do projeto, o impacto foi imediato. “A primeira coisa de pronto que a gente percebeu foi o conforto térmico. O sol era uma preocupação e, agora, mesmo em dias muito quentes, as crianças podem ser atendidas normalmente. Reduzimos cancelamentos e aumentamos a frequência dos atendimentos”, afirmou. 

O novo espaço recebeu o nome de “Picadeiro Luis Rafael Alves Langer”, em homenagem a um dos praticantes do projeto. Luis Rafael nasceu com duas síndromes raras – Ifap (Ictiose Folicular, Alopecia e Fotofobia) e Bresheck, sendo este o primeiro caso diagnosticado no Brasil e o segundo no mundo.

De acordo com seus pais, o tratamento trouxe avanços significativos para seu desenvolvimento. “Foi demais, melhorou praticamente 100% o equilíbrio e a coordenação dele. O picadeiro agora coberto fez toda a diferença, porque antes ele não podia frequentar em dias de sol forte”, contou o pai, Luis Carlos de Moura Langer. 

PARCERIAS ESSENCIAIS – O projeto de instalação da cobertura é resultado de uma colaboração entre diversas entidades: a ONG Associação Terapêutica Paradesportiva e Equocavalaria (ATPE), formada por pais de praticantes, e o Instituto I.G.U.A.I.S, além da Sanepar e da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná), que doou o barracão. A Sanepar ofereceu R$ 60 mil, na forma de patrocínio, para transporte e montagem da estrutura.  

Maró Barreto, da ATPE, ressaltou a importância histórica da conquista. “Eu estou aqui há dez anos e há nove anos o sonho era construir esse picadeiro, porque, se chovia, tinha que parar a terapia, com sol forte, tinha que parar. Agora, graças a essas parcerias, temos um picadeiro coberto de 800 metros quadrados. E o sonho é atender ainda mais crianças, porque a fila de espera ainda é grande”, contou. 

Além de atender centenas de crianças, o Centro de Equoterapia da PMPR também atua como espaço de formação, oferecendo cursos gratuitos para ONGs e prefeituras interessadas em desenvolver a prática em seus municípios. Com a nova estrutura e o apoio de parceiros como a Sanepar, a expectativa é de que ainda mais famílias sejam beneficiadas nos próximos anos.

AEN

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