Exposição internacional movimenta cena cultural rondonense

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Aberta desde o último dia 21 de outubro, a exposição “La Violencia en el Espacio”, coordenada por Pamela Colombo e Carlos Salamanca e viabilizada pelo Departamento de Cultura da Pró-reitoria de Extensão da Universidade Federal da Integração Latino-americana, segue disponível para visitação de toda a comunidade rondonense nas dependências do Campus da UNIOESTE até o dia 14 de novembro.
Fruto de parceria com o curso de Licenciatura e com o Programa de Pós-graduação em História, “La Violencia em el Espacio” foi sucesso de público durante o Festival de Culturas da UNILA (FECULT) 2025, integrando o ciclo de programações comemorativas dos 15 anos da instituição e propondo uma reflexão sobre a relação entre arquitetura e violência, ao abordar como os espaços construídos podem ser utilizados para a dominação e a opressão, servindo também como meios de resistência e emancipação popular.
Tratam-se de cinco “cubitos” formados por estruturas de madeira vazadas recheadas com 55 imagens e textos, cuja principal contribuição reside no exame dos projetos territoriais e urbanos empreendidos durante a ditadura militar na Argentina (1976-1983).
A exposição explora políticas que impactaram o desenvolvimento urbano, como programas de erradicação de favelas, construção de rodovias, criação de cidades estratégicas, redesenho de espaços públicos e deslocamento populacional, culminando na primeira experiência colaborativa de pesquisadores que trabalharam em programas de reconfiguração espacial durante a ditadura militar.
Por meio de “La Violencia em el Espacio” se permite estabelecer um diálogo frutífero e aberto, que amplia a relação com o público em geral, oferecendo-lhes resultados de pesquisas universitárias que, sem esses mecanismos de valorização científica, permaneceriam relegados ao mundo acadêmico.
Três décadas de trabalho museográfico e artístico no território da América Latina renderam uma profusão de trabalhos sobre espaços de violência estatal. Porém, antes desta instalação, o lado “criativo” ou “produtivo” de tal questão havia sido pouco estudado, de modo a revelar a influência existente no sentido de transformar sociedades, bem como as formas de pensar, habitar ou vivenciar esses “novos” lugares gentrificados.
Coordenadores da exposição, Pamela Colombo (Université Laval, Canadá) e Carlos Salamanca (CONICET, Universidade de Rosário, Argentina) contam com a rede cooperativa de pesquisas conduzidas por outros colegas argentinos para trazer à luz este relevante trabalho, que estará aberto à apreciação coletiva, de modo gratuito, na rua Pernambuco, 1777, em Marechal Cândido Rondon, durante o horário de funcionamento da Universidade.

Da Assessoria

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