Exposição “Cicatrizes Invisíveis” convida a refletir sobre violências invisíveis e o impacto na pessoa idosa

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A Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social: Infância, Juventude, Idoso e Família promoveu nesta terça-feira (17) a exposição “Cicatrizes Invisíveis”, que integra o projeto “Lentes de Luz”. A mostra fotográfica ocupou o espaço central do Shopping Panambi, em Toledo, e promoveu um importante debate sobre as violências invisíveis, com foco especial na mulher e nas pessoas idosas. Apesar da curta duração, há a possibilidade de a exposição retornar em outro momento para a cidade.

Em alusão ao Junho Violeta, campanha nacional de combate à violência contra a pessoa idosa, a secretária Sheila Delava reforçou a importância da conscientização e do diálogo sobre o tema. “A exposição aborda aquelas violências que muitas vezes não deixam marcas visíveis, mas que causam danos profundos, como abandono, negligência e agressões dentro dos lares. Mais de 90% dessas violências ocorrem no ambiente familiar. Nossa intenção aqui é incentivar o pedido de ajuda e promover a reflexão sobre como prevenir e agir diante desse problema”, destacou.

A programação incluiu uma roda de conversa com as idealizadoras do projeto e com representantes da Secretaria, que ficaram disponíveis para esclarecer dúvidas e orientar a sociedade sobre como identificar e denunciar casos de violência. “Não podemos mais tapar os olhos e fingir que nada está acontecendo. Precisamos agir, entender que envelhecer é um processo natural e depende de um cuidado que começa lá na infância”, completou a secretária.

A coordenadora da Pessoa Idosa, Silvana Ferreira, explicou que a exposição complementa as ações da campanha de maneira inédita. “As fotografias retratam diferentes tipos de violência, como psicológica, física, patrimonial e negligência. Num relato marcante, uma visitante da exposição encontrou uma foto que refletia sua própria história, identificando-se com o que viveu. Esse impacto reforça a força dessa iniciativa”, afirmou.

Sobre o projeto Lentes de Luz – A exposição “Cicatrizes Invisíveis” é uma das vertentes do projeto Lentes de Luz, idealizado por quatro mulheres de diferentes áreas: a fotógrafa Késia Freitas, criadora da exposição; a delegada Amanda Macedo Ribeiro; a executiva Daiane Campos; e a advogada Fabíula Maroso. Juntas, elas dão vida a uma proposta de ressignificação da dor e conscientização sobre as violências invisíveis.

Participam, na condição de “modelos”, cinco mulheres que também se reconhecem nos propósitos do projeto: Cláudia Maroso, Maria do Rossio Ribeiro, Eliane de Lima, Clarice Angeloti Fischer e Katsiane Rossato.

Além da exposição fotográfica, o projeto conta com rodas de conversa e ações que buscam iluminar questões profundas que muitas vezes permanecem ocultas. As fotos trazem histórias reais, retratadas por modelos que viveram situações de sofrimento e superação, conectando a arte a uma abordagem emocional e transformadora.

“Quando buscamos a luz, de certa forma ‘ficamos grávidas’ dessa transformação. Não basta isso; precisamos dar à luz, compartilhar o crescimento e a cura que encontramos. Esse projeto representa isso: levar luz, conhecimento e ressignificação para que outras mulheres e pessoas também possam se curar e superar”, salientou a advogada Fabíula Maroso.
Para acompanhar todas as nuances do projeto Lentes de Luz, o público é convidado a acompanhar as ações e orientações por meio das redes sociais. O instagram do grupo é @projetolentesdeluz – Conhecimento, Consciência e Conexões

Como denunciar casos de violência? – A denúncia de casos de violência pode salvar vidas. Em Toledo, os cidadãos podem entrar em contato com:

  • Guarda Municipal (153) ou Polícia Militar (190), especialmente em casos urgentes.
  • Assistência Social (Centro de Referência de Assistência Social – Cras), para acolhimento e orientação.
  • Disque 100, canal nacional voltado para denúncias de violações de direitos humanos.

Lembre-se, agir faz a diferença. O combate à violência começa pela atenção e solidariedade dentro da comunidade.

TOLEDO

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