Falta de planejamento: despesas do início do ano comprometem rendimentos

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Ano novo, vida nova e as mesmas contas de sempre. Todo o início de ano é marcado por despesas adicionais comuns desta época. Os destaques vão para o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores (IPVA), material escolar, rematrícula e mensalidade das escolas, faculdades, cursos, além do ‘restinho’ das despesas com as festas do fim do ano.

Organização e planejamento financeiro integram a fórmula que não é nada mágica para iniciar o ano sem ficar no vermelho logo nos primeiros meses. “Aprender a trabalhar com planilhas que evidenciam os gastos e as projeções futuras é algo fundamental para manter o equilíbrio das despesas. Ter o controle integra a capacidade de assegurar uma vida financeira bem programada”, pontua a economista, Kelen Camargo.

A dúvida mais comum em relação ao IPVA e o IPTU é: optar pelo pagamento à vista ou parcelar? Segundo a profissional a primeira ação deve ser aguardar a divulgação oficial, do Estado e do Município, a respeito do valor que será praticado. Depois disso devem ser colocados em prática os cálculos e análises para conclusão do que será feito e nisso deve ser levado em consideração a planilha com os gastos anuais já pré-estabelecida.

PLANEJAMENTO ANUAL – A profissional comenta que essa organização deve ocorrer o ano inteiro e deve incluir todos os gastos previstos sejam de curto, médio ou longo prazo. Ela também explica que cada despesa deve ser detalhada, pois dessa forma fica mais fácil visualizar a capacidade financeira mês a mês e pensar em estratégias caso já fique evidente algum tipo de ‘desfalque’ já previsto.

“A maioria das famílias não faz esse planejamento de gastos, apesar de ser algo simples e fácil de fazer. A educação financeira é um hábito, algo que precisa ser cultivado, ser colocado em prática e trabalhado entre todos os integrantes da família, inclusive entre as crianças”, destaca.

Kelen comenta que na elaboração da planilha de gastos deste ano devem ser colocadas despesas fixas de 2021 com o reajuste de 10% a 15%. Ela pontua que com essa projeção é possível ter uma noção do que será gasto no ano e isso contribui na decisão pelo pagamento à vista ou parcelado, contudo, ela alerta que deve ser levado em consideração os gastos futuros, como no caso de a família estar planejando trocar de carro, comprar móveis novos, entre outras possíveis aquisições.

FAZER CORTES – “Não é fácil estar acostumado a um padrão mais elevado e ser obrigado a mudar. Entretanto, é uma medida necessário para evitar o descontrole financeiro, bem como o endividamento. Quando cortar gastos é algo necessário mais uma vez é preciso fazer as contas e assim ter uma projeção de economia, pois quando vivemos um cenário de desaceleração econômica e sem projeção para aumentar os ganhos, a alternativa é rever os gastos e fazer os cortes necessários sem medo”, explica.

POUPAR SEMPRE – A profissional ainda pontua que grande parte das famílias brasileiras ainda precisa aprender a poupar e tornar isso um hábito. Ela acrescenta que com o planejamento mensal fica mais claro como isso é uma ação de reserva para imprevistos e pode contribuir na realização de metas como a compra da casa própria, uma viagem, entre outros sonhos.

Da Redação

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