Município tem financiado até 90% dos custos de assistência social, diz secretária

Estimated reading time: 4 minutos
Os benefícios, a discussão sobre a revitalização da participação e a ativação dos conselhos e as suas responsabilidades descentralizadas na Assistência Social são temas abordados pelo Poder Público, em Toledo.
A secretária Municipal de Assistência Social e presidente do Conselho Simone Ferrari explica que existe ainda o debate sobre o financiamento da assistência social. “Nós últimos anos, o Governo Federal diminuiu o repasse de recurso, mas continuou com os serviços e aumentou os recursos para transferência de renda e isso é contabilizado como recurso da assistência social”, destaca.
Simone complementa que a transferência de renda é uma ação e o recurso para atender a necessidade de cada pessoa no serviço essencial é outra. “Nós temos atividades com os idosos, com as mulheres e com as crianças. Com isso, os recursos tornam-se escassos ou quase que inexistentes”.
- Acompanhe nossa página do Jornal do Oeste no Instagram
- Entre no canal de notícias do Jornal do Oeste no Telegram
- Mantenha-se atualizado no grupo de WhatsApp do Jornal do Oeste
DISPARIDADE – De acordo com a secretária de Assistência Social, existe um comparativo de que os municípios de uma maneira geral assumem entre 80 e 90% com os custos da assistência social e o Estado ou a União participam com aproximadamente 10 e 15% podendo a chegar no máximo 20%. “Existe uma grande disparidade neste financiamento. E, por isso, a discussão sobre financiamento para atender as demandas da política de assistência social é importante”.
Simone complementa que os desafios, em Toledo, estão relacionados com as questões estruturais como no espaço físico, nas estruturas do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e unidades de acolhimento nas estruturas físicas. “Elas são essenciais e nós temos um debate forte a ser realizado que são os serviços, considerados de alta complexidade”.
Ela acrescenta que são os serviços de acolhimento a pessoas idosas, a crianças ou as pessoas com deficiência. “São números que estão crescendo e demandam parcerias, convênios e recursos”.
A secretária explica que conforme a legislação, os serviços de alta complexidade precisam ser divididos entre União, Estados e Municípios. “Atualmente, o Município acaba sendo responsável por tudo. A rede precisa rever a forma de repasse de cada recurso para conseguir atender a sua demanda”.
- Acompanhe nosso canal de notícias do Jornal do Oeste no YouTube
- Siga nosso canal do Jornal do Oeste no TikTok
- Curta nossa página do Jornal do Oeste no Facebook
O município de Toledo está com 160.000 habitantes, sendo que 17.000 famílias estão cadastradas no sistema com perfil para serem atendidas na assistência social. “Estamos com quase quatro mil famílias recebendo benefícios do Bolsa Família e temos quase duas mil pessoas recebendo benefício de prestação continuada, o benefício de assistência social”, pondera a secretária.
Simone menciona que os números são considerados significativos, pois Toledo é um município considerado rico e que está em constante desenvolvimento. “Porém, a cidade possui os seus problemas sociais. Estamos enfrentando os obstáculos e trabalhando para poder de uma maneira planejada e com atenção colaborar com aqueles que mais precisam”, enfatiza a gestora da pasta.
Na oportunidade, a secretária lembra que as propostas elencadas pela população durante a Conferência Municipal de Assistência Social serão encaminhadas para o planejamento para curto, médio e longo prazo e poderão ser concretizadas. “Sempre lembrando que as propostas são reflexos da realidade atual e elas precisam ser revisadas ou até substituídas em dois anos ou mais”, finaliza Simone Ferrari.
Da Redação
TOLEDO