Fonoaudióloga orienta cuidados com a voz para melhor comunicação

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A comunicação é a chave das relações interpessoais e do posicionamento profissional. Mais do que falar, é saber se fazer compreender, transmitindo a mensagem com clareza e sem ruídos. Embora nem todos nasçam com essa habilidade, ela pode ser desenvolvida, especialmente quando acompanhada de cuidados com a voz.
COMUNICAÇÃO – Em entrevista ao podcast Conversa Oeste, a fonoaudióloga Renata Lawder compartilhou dicas para desenvolver a habilidade da boa comunicação. Entre as orientações, destacou a prática da leitura em frente ao espelho e a gravação de vídeos para posterior análise. Segundo ela, esse exercício permite observar a linguagem corporal e ouvir a própria voz, fatores que contribuem para aprimorar a forma de se comunicar.
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ARTICULAÇÃO – Ao abordar a importância da fala em si, Renata orienta treinar a articulação dos lábios. Ela explica que “eles são os órgãos fonoarticulatórios que precisamos para se comunicar. Ler trava-línguas devagar e bem articulado ajuda muito. Quando você exagera na articulação, as palavras pequenas acabam ficando mais claras e fáceis de falar.”
AQUECIMENTO E DESAQUECIMENTO – A especialista compara o cuidado com a voz a um exercício físico. “O aquecimento pode ser feito através da vibração de lábio ou de língua para melhorar a parte articulatória. Depois de falar por muito tempo, precisamos também fazer o desaquecimento. É importante relaxar a voz porque ela foi bastante usada. Para isso, existem exercícios como falar com mais ar na fala, de forma mais suave, e fazer bastante bocejo. Assim, passa mais ar pelas pregas vocais, que são por onde a voz é produzida.”
DIFERENÇAS – Um ponto curioso é a percepção da própria voz. “Quando escutamos a nossa voz, ouvimos através da vibração no crânio. Por isso, a percepção é diferente daquela que os outros têm. A voz real é a que escutamos gravada, porque nesse caso a vibração acontece pelo ar, que é a forma como a voz realmente se propaga.”
CUIDADOS – Entre os cuidados essenciais, Renata recomenda evitar gritar e frequentar locais barulhentos, já que a tendência é elevar o tom da voz. “Hidratar bastante é importante para os comunicadores, mas a água não deve estar gelada. Também é bom evitar alimentos gordurosos, porque às vezes trazem mal-estar e isso atrapalha na hora de se comunicar.”
RESPIRAÇÃO – Para a fonoaudióloga, a respiração é o combustível da voz e deve ser feita de forma correta, pelo diafragma, como acontece naturalmente com os bebês. “Conforme vamos crescendo e vivendo as ansiedades do dia a dia, acabamos não oxigenando bem o corpo. Uma forma de treinar é deitar na cama, colocar as mãos logo abaixo do peito, inspirar expandindo o abdômen e, ao expirar, contrair.”
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MITOS E VERDADES – Entre os mitos, Renata cita a ideia de que quem fala alto não consegue mudar o tom de voz. “Isso é mito. A tonalidade pode ser ajustada com técnicas da fonoaudiologia. Quem fala muito alto pode procurar um profissional para encontrar o tom ideal.”
Ela também explica que a voz se altera ao longo do dia. “De manhã ela costuma ser mais grave, por causa do período de sono. Com o passar das horas, vai se alongando até chegar no tom mais ideal.”
Sobre o cigarro, Renata alerta que “a fumaça passa por todo o trato de mucosidade que temos na região. Além de poder causar câncer, ela resseca a área, e daí acaba forçando a voz.”
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Entre as verdades, está o benefício de comer maçã. “Ela ajuda na articulação da fala, mas precisa ser inteira, para morder. Esse movimento exige uma mastigação mais forte, que melhora a articulação. Além disso, a maçã tem substâncias adstringentes que limpam a mucosa, deixando-a mais fluida e ajudando a voz a sair melhor.”
Da Redação
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