Glaucoma é uma doença silenciosa e tratamento precoce evita cegueira

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O glaucoma é uma doença silenciosa que compromete a visão, de forma irreversível. O Ministério da Saúde define como uma doença caracterizada por um grupo de condições que afetam o nervo óptico e causa a perda do campo visual, associada ao aumento da pressão intraocular. Inclusive, no mundo é a maior causa de cegueira irreversível. Na segunda-feira (26), é celebrado o dia de conscientização da doença.

DADOS – A estimativa do Ministério da Saúde é de que, no Brasil, 35 milhões de pessoas tenham alguma dificuldade para enxergar, sendo que 900 mil possuem o diagnóstico de glaucoma. Ao todo, 64,3 milhões de pessoas são atingidas por elas, no mundo. A maioria possui idade entre 40 e 80 anos, na qual a projeção para 2040 é que este número se eleve para 111,8 milhões.

SINTOMAS – Segundo o oftalmologista Sérgio Sória, a apresentação de sintomas é rara, sendo que em alguns casos há a perda da visão periférica. Apesar disso, se trata de uma doença silenciosa. No entanto, para a prevenção, o doutor recomenda que os exames sejam feitos quando a criança completa um ano de vida e depois aos seis anos. Aos 20, deve ser realizado um check-uo periodicamente e, a partir dos 40 anos é necessário fazer exames anuais, visto que a incidência aumenta a partir desta faixa etária.

DIAGNÓSTICO – Sória esclarece que “o diagnóstico é feito pelo oftalmologista por meio de exames como a medição da pressão intraocular, o exame de campo visual e a retinografia, que é uma foto da retina e do nervo óptico. O glaucoma é uma doença que danifica justamente o nervo óptico. Se houver alterações sugestivas de glaucoma nessa imagem, seguimos com os exames complementares para confirmar”.

A visão central, aquela utilizada para dirigir, ler, assistir televisão e outras atividades se mantém preservadas, enquanto a visão periférica é alterada em casos acentuados. Sória aponta que, são nestes casos mais graves em que a pessoa procura o oftalmologista, com a doença apresentando um estágio avançado. No entanto, o maior desafio é realizado o diagnóstico ainda na fase inicial do glaucoma. Desta forma, é reforçada a necessidade dos check-ups anuas. “Ele precisa confiar no diagnóstico do oftalmologista. Precisa acreditar que, mesmo enxergando bem, sua pressão ocular está alta e que, se não tratar, inevitavelmente terá perda de campo visual”, alerta.

INFLUÊNCIA GENÉTICA – A herança genética é um fator de risco disparado, ressalta o médico. “Quando os pacientes que têm parentes de primeiro grau com glaucoma, como pai, mãe ou irmãos, têm uma chance significativamente maior de também desenvolver a doença”. Já a sua orientação é que os familiares também realizem uma consulta médica.

TRATAMENTO – O tratamento, por sua vez, é realizado com o uso contínuo de colírios. Sória relembra que nas últimas três décadas haviam poucas opções, porém hoje há uma gama de colírios potentes oferecidos. Fazer o uso dele, bem como realizar o acompanhamento regular com um especialista proporciona o controle da pressão intraocular. Porém, há alguns casos em que o organismo desenvolve resistência ao medicamento e assim se faz necessário ajustar o tratamento. 

O tratamento precoce é fundamental. “Quando a doença é diagnosticada no início, ou seja, quando a pessoa ainda tem a pressão intraocular elevada, mas sem alterações no campo visual, as chances de preservar a visão são muito altas. Com o uso correto dos colírios e o acompanhamento regular, esse paciente pode passar a vida inteira sem perder visão”, orienta.

*Com informações do Ministério da Saúde

Da Redação

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