Governo tem 44,5% de avaliações negativas e 28,6% de positivas, aponta pesquisa

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Apesar do acirramento das relações entre Executivo e Judiciário nesta semana, a avaliação do governo Jair Bolsonaro apresentou um aumento das avaliações regulares em contraste com a diminuição das avaliações positivas ou negativas, mostra levantamento do banco Modalmais e consultoria AP Exata. Nesta sexta-feira (6), 44,5% dos brasileiros avaliam o governo como ruim ou péssimo (1 ponto porcentual a menos que na última semana), 28,6% como bom ou ótimo (0,6 p.p. a menos) e 26,8% como regular (1,5 p.p. a mais).

Segundo o relatório, a redução da avaliação negativa é resultado de “ampla e sistemática atuação da militância bolsonarista” em favor da defesa do presidente e da adoção do voto impresso para as próximas eleições. O apoio foi deflagrado pelo agravamento da crise institucional que tem como destaque a declaração do presidente sugerindo que poderia atuar fora das “linhas da Constituição” após ser incluído como investigado no inquérito que apura a disseminação de notícias fraudulentas. Em resposta, o Judiciário, pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, avisou que não tolerará ameaças à democracia.

De acordo com o levantamento, esta semana inaugurou nova fase do governo, em que o presidente vive uma tendência de queda da aprovação e tenta se manter no poder agarrado ao Centrão, “grupo político fisiológico que carrega na manga a carta do impeachment, que pode ser lançada caso Bolsonaro se recuse a obedecer às regras”.

Em economia, internautas seguem reclamando do aumento de preços dos alimentos e derivados do petróleo, como combustíveis e gás de cozinha. Para as redes sociais, é necessária medidas do governo para atender os mais vulneráveis.

Outro ponto é o anúncio do ministro Paulo Guedes sobre proposta de emenda à Constituição (PEC) para parcelar o pagamento de precatórios, que causou desconfiança nas redes sociais. Entre os pontos de preocupação está a reserva de parte do lucro das privatizações para investimento em programas sociais fora do teto de gastos, sinal de que o ministro teria cedido a impulsos populistas e eleitorais do presidente.