SUS oferece Grupo de Tabagismo para pessoas que querem parar de fumar

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Em todo o Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS), oferece o Grupo de Tabagismo, programa de acompanhamento para acolher e direcionar pessoas que decidiram parar de fumar. O primeiro passo é procurar a Unidade Básica (UBS) do bairro em que mora, onde uma equipe multidisciplinar oferece o suporte contínuo ao tratamento e, se necessário, encaminha o paciente para o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD).

NÍVEIS DE DEPENDÊNCIA – A psicóloga Jane Carmela Zottis Scholz, orienta que o tabagismo envolve três tipos de dependência, sendo elas fisiológica, psicológica e associativa, onde o desafio é romper com os hábitos construídos em torno do cigarro, como a rotina de fumar após tomar café, usar o celular ou em situações sociais. “A Terapia Cognitivo-Comportamental entra para ajudar o participante a entender por que fuma, quais são os seus gatilhos emocionais e situacionais que levam ao cigarro e como lidar com eles de forma saudável”, esclarece.

Em Toledo, da psicóloga Jane e o médico Elias Pereira Junior conduzem os encontros realizados. Inicialmente, são feitos quatro encontros semanais, enquanto no segundo mês eles passam a ser quinzenais e no terceiro mês torna-se mensal. Os participantes são acolhidos por meio de discussões e exercícios, além do aprendizado de estratégias práticas para enfrentar a fissura e o controle de ansiedade. Portanto, este é um espaço seguro para a troca de apoio e melhor compreensão das próprias emoções.

ABSTINÊNCIA – A síndrome de abstinência é um sintoma comum, do qual apresenta sintomas de irritabilidade, ansiedade, insônia e vontade intensa de fumar. Cada pessoa enfrenta essas dificuldades de diferentes maneiras, podendo apresentar estresse e questões psiquiátricas em comorbidade, como ansiedade e depressão que poderiam estar mascaradas. “Nós atuamos justamente para preparar os participantes para esses desafios, oferecendo ferramentas para superá-los e mostrando que eles não estão sozinhos nessa jornada”, ressalta a psicóloga.

Com o acompanhamento médico, os participantes recebem adesivos de nicotina e até mesmo medicação como aliada, quando indicado. “O médico avalia cada caso individualmente e pode prescrever medicamentos que reduzem os sintomas da abstinência, tornando o processo menos doloroso e aumentando as chances de sucesso. Essa combinação da terapia medicamentosa com o apoio psicológico e do grupo é extremamente poderosa”.

CUIDADO INTEGRAL – Muito além de parar de fumar, é necessário um cuidado integral, para se manter sem o cigarro e com prevenção de recaídas. O grupo também compartilha estratégias para lidar com o estresse, com gatilhos e com a firmeza no propósito de uma vida sem tabaco. Afinal, os benefícios aumentam a qualidade de vida, proporcionando melhorias na respiração, na disposição e na redução de doenças graves. Além disso, o paciente volta a sentir o sabor dos alimentos e retoma a autonomia sobre a própria saúde, com ganhos imensuráveis.

Da Redação

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