Perfil: em Toledo, 51,05% dos inadimplentes são homens

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O número de consumidores inadimplentes no Paraná cresceu 0,77% – no comparativo entre março e abril de 2025. Os dados são do SPC Brasil, extraídos da Base Centralizadora de Crédito da Faciap. Em Toledo, esse índice foi de 0,74%. Em relação ao perfil, no município a proporção por sexo revela uma ligeira predominância masculina, com 51,05% de homens e 48,95% de mulheres entre os devedores.
O número de registros no banco de dados do SPC da Associação Comercial e Empresarial de Toledo (Acit) é de 50.859 dívidas de pessoas físicas e de 5.652 de pessoas jurídicas. Já em relação aos documentos negativados em Toledo, o número de CPFs é de 19.350 e CNPJ’s 1.643, totalizando 20.993 documentos e 56.823 registros de dívidas.
“Esse resultado (Toledo com índice de 0,74%) mostra que, embora a inadimplência ainda apresente alta, o município tem conseguido conter o avanço de forma mais controlada”, avalia a vice-presidente de produtos da Acit, Giselle Grando.
Segundo Giselle, a atuação conjunta do comércio local, entidades como a ACIT e o investimento em ações de educação financeira e renegociação de dívidas têm contribuído para essa evolução. “É fundamental que continuemos promovendo iniciativas que ajudem consumidores a regularizar sua situação e movimentem positivamente a economia local”.
PERFIL DO INADIMPLENTE – De acordo com os dados, o perfil do inadimplente no Estado envolve: a maioria na faixa etária de 30 a 39 anos e atinge homens e mulheres de forma bastante equilibrada, com uma leve predominância feminina: 50,38% contra 49,62%. No comparativo com o município, esse perfil aponta algumas variações.
“Em Toledo, os dados também apontam a faixa dos 30 a 39 anos como a mais representativa entre os inadimplentes. Porém, a proporção por sexo revela uma ligeira predominância masculina, com 51,05% de homens e 48,95% de mulheres entre os devedores. Essa diferença pode estar relacionada às características econômicas locais, como a forte presença de pequenos e médios empreendedores, o perfil agroindustrial da cidade e o comportamento de consumo típico da região”, analisa.
VALOR DEVIDO – No Estado, o valor médio devido por consumidor inadimplente – em abril – foi de R$ 5.664,72. Em Toledo, o valor foi muito similar sendo R$ 5.944,80. Ao fazer um comparativo com um devedor que reside na capital (com outro custo de vida) Giselle aponta alguns levantamentos sobre essa questão. Ela cita que tal comparativo pode ser explicado por alguns fatores locais importantes: em cidades como Toledo, é comum que o consumidor possua menos registros em atraso, mas com valores mais elevados, como financiamentos, crédito consignado ou compras parceladas.
“A população tem acesso facilitado ao crédito, especialmente para bens de maior valor agregado. Isso eleva o ticket médio da dívida individual, mesmo que o número de devedores não seja tão expressivo. E também muitos consumidores em Toledo são pequenos empreendedores, que contraem dívidas tanto pessoais quanto ligadas ao negócio. Isso pode elevar o valor médio individual das pendências”, justifica ao acrescentar que o valor mais alto não necessariamente indica descontrole maior, mas sim um perfil de endividamento diferente, mais concentrado e possivelmente vinculado a compromissos de médio e longo prazo.
RETOMAR A VIDA FINANCEIRA – Quem deseja regularizar a situação, Giselle explica que o primeiro passo é reunir todas as informações sobre os débitos em aberto: valores, credores, datas e tipos de cobrança. As consultas ao CPF podem ser feitas na Acit e após os detalhes dos locais de endividamento, é possível conseguir descontos significativos em juros e multas, através de feirões promovidos pelo Renegocie As Suas Dívidas Do SPC.
“Apesar do crescimento, o índice local está abaixo da média estadual, o que demonstra que o município tem conseguido lidar com o problema de forma mais equilibrada. Isso se deve, em parte, à atuação de entidades como a ACIT, que promovem ações de orientação, renegociação e educação financeira. O SPC da ACIT está à disposição para auxiliar os consumidores na retomada da vida financeira, abrindo novas oportunidades de compra”, finaliza.
Da Redação
TOLEDO