Inverno exige cuidados especiais com animais

Estimated reading time: 6 minutos

O cuidado com os cães deve ser redobrado no inverno. Com a queda das temperaturas, eles ficam mais suscetíveis a doenças respiratórias e precisam estar protegidos contra correntes de ar, além de receber uma alimentação e hidratação adequadas para a estação.

Entre as enfermidades comuns nesse período, destaca-se a traqueobronquite infecciosa, conhecida como ‘tosse dos canis’. A veterinária Evelyn Marchioro ressalta que “o frio também pode piorar a asma, a bronquite e, em alguns casos, pode desenvolver a pneumonia”.

SINTOMAS – Os tutores devem estar atentos a sinais como secreção nasal, espirros e tosse, que indicam possíveis doenças do trato respiratório. Evelyn também alerta para sintomas relacionados às articulações. “Quanto a doenças articulares, deve ficar de olho se o cão está mancando, se está com dificuldade de levantar, sentar ou subir degraus. São sinais de que os donos devem ficar atentos e procurar um veterinário”.

RAÇAS – Algumas raças são mais sensíveis ao frio e, portanto, mais propensas a desenvolver doenças respiratórias. “Animais de pequeno porte, como poodles, pequineses, yorkshires, chihuahuas e lulus da Pomerânia, exigem atenção redobrada”, orienta a veterinária.

CUIDADOS – Entre os principais cuidados estão evitar correntes de ar e oferecer camas confortáveis e quentinhas. “É importante evitar que os pets fiquem molhados e deve-se atentar às tosas”, recomenda Evelyn. Banhos devem ser com água morna e o uso do secador é indicado, desde que em temperatura adequada e em ambiente aquecido.

Além disso, a veterinária destaca a importância de manter a nutrição e a hidratação. “Nos dias frios, a tendência é que os cães bebam menos água. Já em relação à alimentação, como há maior queima de calorias no frio, é necessário fornecer mais comida”, finaliza.

Veterinária alerta para cuidados essenciais com gatos

Além dos cachorros, os gatos também exigem cuidados especiais durante o inverno. O ideal é evitar que tenham acesso à rua, devido ao frio e à chuva. Também é fundamental verificar rodas e motores de carros, pois os felinos tendem a se esconder nesses locais em busca de calor. Nesse período, os gatos ficam mais propensos a doenças articulares e respiratórias, especialmente asma e bronquite.

ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL – Naturalmente, os gatos dormem mais do que os cães durante o frio. Conforme aponta a veterinária Evelyn Marchioro, o enriquecimento ambiental é essencial para a saúde física, emocional e comportamental dos felinos, que são mais propensos ao estresse, ao tédio e a comportamentos indesejados.

Evelyn recomenda o uso de arranhadores verticais, prateleiras na parede, passarelas altas, caixas de papelão, túneis, camas e tocas em diferentes formatos e alturas, além de garantir acesso ao sol. Ela também orienta o uso de brinquedos recheáveis com ração ou petiscos, comedouros lentos, caixas com buracos e ração dentro, catnip, varinhas com penas, outros brinquedos e até mesmo músicas suaves.

ALIMENTAÇÃO E HIDRATAÇÃO – Como a queima de calorias aumenta no inverno, é necessário oferecer uma boa quantidade de ração, sempre respeitando a dosagem indicada para o peso e a fase do animal. Quanto à hidratação, Evelyn explica que os gatos bebem água ao verem o potinho. Por isso, o ideal é deixar vários recipientes espalhados em diferentes cômodos da casa.

FILHOTES – Cada animal e fase da vida exige cuidados específicos. No caso dos filhotes, o primeiro contato com o veterinário deve ocorrer aos 30 dias de vida. Evelyn detalha que “são avaliadas o escore corporal, a temperatura, hidratação, além de exames físicos para avaliar as condições de pele, olhos, ouvido, boca e articulações. Neste primeiro contato é explicada as possíveis doenças virais que o filhote pode ter adquirido da mamãe no período intrauterino ou mesmo na amamentação. As principais doenças virais são a Imunodeficiência Viral Felina (FIV) e a Leucemia Viral Felina (FELV)”.

ADULTOS – Para gatos adultos, recomenda-se uma consulta veterinária ao menos uma vez por ano. As vacinas devem ser aplicadas conforme o estilo de vida do animal, como se ele tem acesso à rua, vive sozinho ou com outros gatos. Também é indicado um check-up com exames de sangue.

IDOSOS – De acordo com Evelyn, dependendo do estilo de vida, um gato pode ser considerado idoso a partir dos sete anos. Nessa fase, o ideal é que as visitas ao veterinário sejam feitas a cada seis meses, com exames para avaliação geral da saúde. “A alimentação deve ser uma ração para gatinhos seniores, deve estimular mais a ingestão da água e do sachê. Deve também ficar atentos quanto a sua mobilidade, pois doenças articulares são mais comuns na velhice. Portanto, os donos devem observar se ele evita pular, brincar, se anda mais devagar. Estes são sinais que devem ser investigados com um veterinário”.

RECOMENDAÇÕES – Para manter o ambiente seguro, é fundamental instalar telas em janelas e sacadas, prevenindo quedas e fugas. A caixa de areia deve ser higienizada diariamente. Além disso, mudanças bruscas no ambiente ou na ração devem ser evitadas, pois podem causar estresse nos felinos. “Crie uma rotina com seu gatinho, eles gostam de previsibilidade, mas é importante colocar pequenos desafios nessa rotina. Brincar com seu gato 15 minutos duas vezes ao dia ajuda na saúde emocional. Veja quais brincadeiras ele se interessa mais”, conclui Evelyn.

Da Redação

TOLEDO

...
Você pode gostar também
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.