Como jovens encontram propósito no mercado de trabalho

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Até 2030, cerca de 170 milhões de empregos serão criados no mundo e 39% das principais habilidades exigidas pelo mercado de trabalho sofrerão mudanças, segundo o Future of Jobs Report 2025, do Fórum Econômico Mundial. As informações revelam o tamanho do desafio para jovens que buscam o primeiro emprego: não basta o conhecimento técnico, é preciso somar a ele competências comportamentais e visão de futuro.
Um exemplo é o de Laura Vilarino Peixoto, de 23 anos, estudante de Direito e estagiária na Aperam, empresa global do setor de aço. Por meio da intermediação do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) de Minas Gerais, Laura conquistou a oportunidade de atuar no setor jurídico da companhia e tem vivido experiências que aproximam a teoria e a prática. “Considero o meu estágio um verdadeiro divisor de águas, pois me proporcionou maturidade profissional e uma visão mais clara sobre o mercado de trabalho”, conta.
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Apesar de trabalhar em uma indústria, Laura não está no chão de fábrica, seu dia a dia é voltado à área jurídica. “Faço parte do setor jurídico e atuo diretamente com procurações e contratos, cuido dessas demandas no Brasil para todas as empresas do grupo sediadas aqui. Estou sempre ao lado do meu supervisor, acompanhando e resolvendo as questões que surgem”, explica.
No oitavo período da faculdade, Laura reconhece o impacto dessa vivência em sua formação e aponta que o estágio ensina a como se portar diante de diferentes contextos, seja em uma empresa, em uma instituição pública ou em um escritório de advocacia.
“É uma experiência que mostra o que o mercado de trabalho realmente espera de nós, algo que, muitas vezes, é bem diferente do que aprendemos na teoria. Cada instituição possui suas particularidades e o estágio nos ajuda a perceber isso, além de contribuir para que possamos nos enxergar e nos qualificar”, disse Laura Vilarino Peixoto.
O relatório do Fórum Econômico Mundial indica que as habilidades mais valorizadas nos próximos anos estarão ligadas ao pensamento crítico, à resiliência, à colaboração e à capacidade de aprender continuamente. Para estudantes e jovens profissionais, isso significa investir em soft skills (habilidades comportamentais), como: comunicação, liderança, adaptabilidade e inteligência emocional, tão essenciais quanto o conhecimento técnico.
Experiências como a de Laura ganham ainda mais peso. O estágio não é apenas uma exigência curricular, mas um espaço de aprendizado comportamental. “Acredito que o IEL nos ajuda muito ao oferecer vagas qualificadas em grandes empresas e abrir portas para experiências que dificilmente conseguiríamos sozinhos. Isso, por si só, já representa uma grande oportunidade para nós, estudantes”, acrescenta a estagiária.
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IEL – Há mais de cinco décadas, o IEL conecta indústrias e jovens em formação, com a promoção de estágios, programas de capacitação, mentorias e cursos de desenvolvimento. Para a Superintendente Nacional do IEL, Sarah Saldanha, o estágio é mais que um primeiro emprego: é um passo estratégico na construção de carreiras.
“O estágio é uma das etapas mais importantes da vida acadêmica e profissional dos jovens. No IEL, buscamos oferecer experiências que não sejam apenas uma primeira oportunidade, mas que ajudem os estudantes a desenvolver propósito, inovação e visão de futuro. Quando uma jovem como a Laura percebe no estágio um divisor de águas, isso reforça nosso compromisso de preparar pessoas para os desafios da indústria e para o mercado de trabalho como um todo”, afirma Sarah.
Ao proporcionar essa ponte entre teoria e prática, o IEL fortalece a empregabilidade e o protagonismo dos jovens. “Mais do que abrir portas, o IEL contribui para que jovens encontrem propósito em suas escolhas, ampliem horizontes e se sintam parte de um ecossistema inovador que movimenta a indústria brasileira. Esse compromisso com a formação de talentos garante não apenas oportunidades individuais, mas também fortalece a competitividade das empresas e o desenvolvimento do país”, conclui Sarah Saldanha.
5 dicas para conquistar um estágio
Monte um currículo objetivo e atualizado: destaque suas experiências acadêmicas, cursos, trabalhos voluntários e habilidades técnicas ou comportamentais (soft skills). Mesmo sem experiência formal, mostre o que já desenvolveu na universidade ou em projetos pessoais.
Invista em networking e plataformas de vagas: cadastre-se no portal IEL Carreiras, ou procure o IEL do seu estado. Procure participar de feiras de carreiras. Conversar com professores, colegas e profissionais da área que podem contribuir para o seu futuro profissional.
Prepare-se para processos seletivos: treine para entrevistas e dinâmicas de grupo. Pesquise sobre a empresa antes de participar de uma seleção para mostrar interesse e alinhamento com os valores dela.
Mostre proatividade e aprendizado contínuo: busque cursos online, participe de palestras e desenvolva competências complementares. O mercado valoriza estudantes que vão além da sala de aula.
Demonstre propósito e interesse real: no contato com recrutadores, deixe claro o motivo pelo qual deseja atuar naquela empresa e como enxerga o estágio como parte do seu crescimento. Empresas buscam estagiários engajados, não apenas alguém que “precisa cumprir horas”.
SÃO PAULO