Junho Laranja conscientiza sobre leucemia e anemia e reforça a doação de medula óssea

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Junho Laranja é uma campanha dedicada à conscientização sobre a leucemia e a anemia, com foco em informar a população e mobilizar a comunidade médica em torno da importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado, além de promover a doação de medula óssea. Ao longo do mês, diversas ações educativas são promovidas para ampliar o conhecimento sobre os sinais e sintomas dessas condições, reforçando que a informação é uma aliada essencial na luta pela vida e pela saúde.
JUNHO VERMELHO – A campanha acontece paralelamente ao Junho Vermelho, que incentiva a doação de sangue, gesto fundamental também para o tratamento de doenças hematológicas. A médica hematologista Sara Rigo esclarece que “em geral, no tratamento de leucemias agudas é muito comum o paciente precisar de bastante doação de sangue; já que a medula óssea, que é a nossa fábrica do sangue, quanto está afetada pela leucemia aguda, não produz adequadamente o sangue. Então o paciente acaba precisando de transfusões”. A conexão entre as duas campanhas evidencia a necessidade de engajamento da sociedade, seja na informação ou na doação.
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A hematologista relembra que “leucemia é uma doença rara, então não é muito conhecida. As pessoas pensam em leucemia e se lembram que assistiram em novelas ou que leram em algum lugar de que é uma doença agressiva. Por ser uma doença agressiva, a gente tem que disseminar a informação. O quanto antes for o diagnóstico, melhores são as chances de fazer o tratamento precoce”. Um dos mitos esclarecidos pela doutora Sara é o de que a anemia não vira leucemia. “Ela sim pode ser um sinal de leucemia, mas não existe a transformação de uma anemia de doença benigna para uma situação de leucemia, isso é um mito”.
TRANSPLANTE – Em muitos casos de leucemia aguda, a cura só é possível com o transplante de medula óssea. O procedimento é considerado uma consolidação do tratamento e pode representar a única chance de sobrevivência para diversos pacientes. “Na leucemia aguda, parte dos casos vai precisar do transplante de medula óssea, como uma consolidação de tratamento. Eles vão auxiliar esse paciente chegar até a cura. Então é importante ter um doador 100% compatível”, explica a médica.
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Por isso, o fortalecimento do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) é essencial. “O ideal é que o registro de doadores de medula tenha pessoas disponíveis para doar caso sejam compatíveis, porque muitas pessoas com leucemia só vão chegar até a cura da doença com o transplante. E para isso precisam ter doadores compatíveis com ela”.
O transplante de medula óssea é, em muitos casos, a única alternativa de tratamento curativo para pacientes com leucemia. No entanto, a compatibilidade entre doador e receptor é rara, o que reforça a importância de ampliar o número de pessoas cadastradas no Redome.
Da Redação
TOLEDO