Kombucha: processo de fermentação pode gerar um leve teor alcoólico

A kombucha tem conquistado novos adeptos que ao conhecerem os benefícios disseminam o consumo entre amigos e familiares. Apesar de ainda não ser muito conhecida na região ela é um chá e está cada vez mais popular. A bebida pode gerar um leve teor alcoólico, contudo, não é considerada uma bebida alcoólica e pode ser produzida em casa.
“O mercado de produtos naturais oferece diversos sabores prontos para a comercialização”, comenta a nutricionista, Deise Baldo. “Contudo, têm muita gente que prefere fazer em casa, pois isso permite saborizar de acordo com o próprio paladar, basta ter a ‘muda’, saber cuidar dela e preparar a bebida”.
Esse tipo de bebida é preparada com a combinação de suco e chá preto, branco ou verde. A kombucha é a base de chá mais o açúcar que será o alimento dos microorganismos e leveduras – eles consomem o açúcar – e todos os benefícios/vitaminas do suco acabam mantidos mais os benefícios dos probióticos causados pela fermentação.
“Durante o processo de fermentação a bebida pode gerar leve teor alcoólico”, alerta a profissional. “Isso ocorre dependendo do estado de fermentação. Vale destacar que a bebida pode gerar um leve teor alcoólico, entretanto, não é considerada uma bebida alcoólica”.
NORMATIVA – Segundo a nutricionista cita que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) publicou a Instrução Normativa Nº 41 (17 de setembro de 2019) que estabelece o Padrão de Identidade e Qualidade da Kombucha (PIQ). “Esse passo foi importante, pois os padrões determinam a definição do que é kombucha, sua classificação, sua denominação, suas proibições, suas composições, seus parâmetros analíticos, sua rotulagem, entre outros detalhes que visam assegurar a qualidade de produção da bebida”.
De acordo com a Instrução Normativa Nº41, a composição deve ter como ingredientes obrigatórios: “água potável, conforme estabelecido em legislação específica do Ministério da Saúde, de acordo com a Portaria nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011; infusão ou extrato aquoso de Camellia sinensis; açúcares, conforme legislação específica da ANVISA, Resolução RDC nº 271, de 22 de setembro de 2005; cultura simbiótica de bactérias e leveduras (SCOBY) adequadas para fermentação alcoólica e acética, desde que garantida a sua inocuidade à saúde humana; os microorganismos presente no SCOBY podem estar presentes na bebida final, sendo vedada a adição dos mesmos após o processo de respiração e fermentação; é autorizado o uso de processos tecnológicos adequados para a produção da kombucha, como pasteurização, filtração, ultracentrifugação, entre outros”.
RECOMENDAÇÃO DE CONSUMO – Devido a presença da cafeínas nos chás utilizados no preparo da bebida, Deise explica que a kombucha não é recomendada para as gestantes, as lactantes e as pessoas com quadro de hipertensão. Ela ainda acrescenta que a dosagem diária de consumo varia de 200 mls a 400 mls, contudo, isso deve ser avaliado por um profissional da área diante da elaboração de um plano alimentar.
Da Redação
TOLEDO