Leitura nas férias: hábito precisa ser incentivado entre crianças e adolescentes

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Enquanto muitos são amantes da leitura, outros pouco se interessam por livros. O fato é que a leitura é permite viajar pelo mundo, conhecer universos paralelos, descobrir novas paixões, levar informação e aflorar a imaginação. A prática consiste em um exercício diário que permite elevar o conhecimento, além de enriquecer o vocabulário.

Profissionais orientam que o incentivo deve surgir desde cedo para que as crianças se apaixonem e façam da leitura um hábito cotidiano. O período de férias deve também ser aproveitado para promover momentos de leitura. Infelizmente, muitas crianças e adolescentes não quer nem saber de pegar um livro nas férias. Porém, a prática não deve ser esquecida. Dar o bom exemplo e mostrar como a leitura permite conhecer novos lugares e instigar a imaginação são algumas dicas.

“Esses dias escutei algo que me fez refletir: ‘não é você que lê o livro! É o livro que lê você’, ou seja, a leitura tem que ser prazerosa, o leitor precisa se sentir naquela história, sentir as sensações que que a história está transmitindo”, analisa a docente, coordenadora e especialista em metodologias ativas, Cárin Pensin. “Sendo assim é muito importante que ocorra identificação do leitor com o livro e isso deve ser além da capa”.

Conforme Cárin, para manter o hábito da leitura é necessário que a prática faça parte da rotina. Ela destaca se tratar de algo que exige disciplina, comprometimento e envolvimento. Um dica citada pela profissional que envolve a prática é determinar um horário fixo, por dia, para destinar exclusivamente a leitura.

“Uma boa ideia é fazer a hora da leitura em família! Neste momento todos largam smartphones, tablets, etc e concentram-se nas leituras. Vale pensar também na possibilidade de compartilhar o que leu naquele dia com seus familiares, é uma estratégia importante para treinar a capacidade de síntese como também a comunicação”, pontua.

LER É ALGO MÁGICO – Cárin destaca que é preciso incentivar a prática de leitura desde criança. “Para o público infantil, costumo dizer: pé de jaca não dá manga! As crianças aprendem por meio da interação e de relacionamentos significativos, nos quais há afeto e estabelecimento de vínculo seguros. Digo mais, aprendem por imitação e por assimilação. Pais leitores, terão muito mais chance de ter filhos leitores”, reforça.

O tipo de livro a ser escolhido, segundo a docente, precisa trazer algo significativo. “Com tanta informação a nossa volta, onde tudo é mais importante, somente uma leitura que tenha um grande significado fará que as crianças foquem a atenção e concentração na leitura e não em outros estímulos. Após o período de férias é importante manter a rotina para que isso se transforme realmente em um hábito”, destaca.

VIRTUAL OU NO PAPEL – Sobre escolher entre o livro físico ou virtual Cárin comenta que existe um prazer no folhar as folhas, em sentir o cheiro de livro porém, são muito pesados, ocupam espaço e podem ser deteriorados facilmente por fungos e traças. Já os livros digitais, nesse quesito, possuem vantagens, em um pequeno é possível ter uma biblioteca.

Cárin comenta que a luz para a leitura precisa ser adequada e estes dispositivos de leitura ajudam, pois possuem configurações adequadas para leitura. Ela salienta que existem dispositivos que possibilitam fazer destaques de partes do livro e enviar por e-mail ou simplesmente arquivar como algo importante, substituindo então o marca texto na grifagem de livros físicos.

LEITURA E APRENDIZADO – O ato de ler está relacionado ao aprendizado e entendimento. Para a profissional, é importante levar a leitura para todos os lugares. Cárin é mãe da Lavínia, de 10 anos, que neste período de férias está lendo ‘Promessas de um amigo’ e da Antonela, de 8 anos, que está lendo ‘Diário de Pilar na Amazônia’.

“Sou defensora da leitura! A leitura estimula o raciocínio, melhora o vocabulário, aprimora a capacidade interpretativa, além de proporcionar um conhecimento amplo e diversificado sobre vários assuntos. Ler desenvolve a criatividade, a imaginação, a comunicação, o senso crítico, e amplia a habilidade na escrita”, conclui ao incentivar a leitura.

Da Redação

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