Março Lilás conscientiza sobre prevenção do câncer de colo de útero

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Março é um mês importante para as mulheres. Além do Dia Internacional da Mulher, março é o mês de conscientização sobre prevenção do câncer do colo do útero. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), para cada ano do triênio 2023-2025 foram estimados 17.010 casos novos desse tipo câncer, o que representa uma taxa de incidência de cerca de 15 casos a cada 100 mil mulheres.

Durante o mês, instituições de saúde pública e privada promovem campanhas para conscientizar a população feminina sobre os riscos de desenvolvimento da doença, sobre os sintomas e como se prevenir.

A DOENÇA – A médica ginecologista e obstetra Lúcia Gomes da Silva, do Hospital Bom Jesus explica que o câncer de colo de útero é um tumor que se origina na junção escamocolunar do colo uterino, ou seja, na transição das células da parte externa com a interna do colo. “É o único câncer genital feminino que pode ser rastreado de forma efetiva e de baixo custo para rastrear lesões pré-malignas. O seu principal fator de risco é a infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV), principalmente os subtipos 16 e 18”.

Os sintomas principais são dor e sangramento nas relações sexuais e também corrimento abundante. A médica salienta que o exame preventivo ainda é a principal forma de prevenção porque se diagnostica as lesões pré-cancerígenas. “Mas não podemos esquecer que a vacinação contra o vírus do HPV de adolescentes também é uma boa forma de prevenção”, cita ao complementa que eliminar o tabagismo e fazer uso de preservativo nas relações também são condutas importantes de prevenção.

PREVENÇÃO – A campanha em vigor neste mês, Março Lilás, conscientiza as mulheres sobre todas as formas de prevenção do câncer do colo do útero. Também alerta para a importância do diagnóstico precoce, ainda em fase inicial, que pode ser feito através do exame preventivo papanicolau.

O exame preventivo ou colpocitológico realizado pelo protocolo do Ministério da Saúde deve ser em mulheres de 25 a 64 anos que já iniciaram relação sexual. A médica Lúcia Gomes da Silva enfatiza que no início o exame pode ser realizado anualmente e, após dois exames consecutivos normais pode fazer a coleta a cada três anos. “Mas uma mulher de qualquer idade que já teve relação sexual pode fazer o preventivo”, reforça.

ATENDIMENTO – Na rede municipal, a secretária da Saúde Gabriela Kucharski, cita que as agendas de coleta de preventivos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) são permanentes. “O acesso da paciente se dá por demanda espontânea, no acolhimento, quando é realizado a coleta no mesmo dia ou, se necessário, realiza-se o agendamento posterior. A avaliação ginecológica se faz embasada na autonomia do enfermeiro respaldada através de protocolo municipal baseado nos protocolos do Conselho Regional de Enfermagem do Paraná (Coren) e Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).

Gabriela explica que a partir da coleta, os exames são encaminhados ao laboratório que possui comunicação direta com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para casos de exames alterados. “Neste caso é realizada busca ativa e a paciente é chamada a comparecer na UBS imediatamente, a fim de obter o encaminhamento correto para seu tratamento”.

A secretária salienta que no ano de 2023, o município de Toledo atingiu o indicador pactuado para coleta de citopatológico. “Entre os meses de setembro a outubro de 2023 realizamos 3.010 coletas de preventivo e somente no mês de outubro do ano passado – nas programações dos horários excedentes – realizamos aproximadamente cinco mil atendimentos de mulheres em nosso município”.

Da Redação

TOLEDO

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