Colheita do milho avança 20%, mas chuvas atrapalham os trabalhos

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Os produtores fizeram uma pausa na colheita do milho safrinha por conta da instabilidade do tempo nesta semana. A colheita do milho segunda safra na Regional de Toledo havia avançado 20% da área cultivada até a última atualização do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), apresentada na quinta-feira (26). A expectativa é de retornar as máquina para as lavouras na metade da semana que vem, quando o clima ficar mais firme e sem condição de chuva.
Com uma área cultivada de 469.000 hectares, a projeção de colher é de 3.100.000 toneladas do grão. A redução na safra até o momento é de 3% em relação a primeira expectativa que era de 3.190.000 toneladas. Essa redução se deve ao período de estiagem que ocorreu em março impactando na produtividade de algumas áreas da Regional. “Mesmo com essa quebra de 3%, o volume da produção está dentro do estimado para esta safra”, comenta o técnico do Deral Paulo Oliva.
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No ano passado, Oliva lembra que a perda foi de 30% em função de vários problemas climáticos. Neste ano, a estiagem que ocorreu durante o mês de março refletiu em algumas áreas de cultivo. Algumas localidade tiveram chuvas pontuais, mas outra sofreram bastante com a falta de umidade, como é o caso dos municípios beira lago. Porém a concentração de áreas cultivadas é menor.
Este cenário de estiagem em março não gerou grandes impactos na produção. “Os trabalhos no campo já avançaram e temos 20% das lavouras da Regional de Toledo colhida e a qualidade, por enquanto está dentro do esperado para a produção. Tudo isso que será uma safra boa”, complementa.
O levantamento mensal também aponta que As lavouras a campo encontram-se em diferentes estágios, sendo que 65% estão na fase de frutificação e 35% na fase de maturação. Em relação a condição, 10% apresentam condição ruim, 15% média e 75% estão em boas condições.
COLHEITA – A instabilidade desta semana impossibilitou a realização dos trabalhos no campo. A previsão do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) aponta tempo firme a partir da metade da próxima semana. Com isso, os produtores poderão dar continuidade a colheita do milho safrinha. “A agricultura é uma produção a céu aberto e está vulnerável às condições climáticas e é importantíssimo que o tempo colabore para os produtores concluir os trabalhos que estão sendo realizados”, enfatiza o técnico.
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ESTADO – O Deral divulgou também nesta semana o relatório atualizado com a previsão de produção do milho da segunda safra 2024/25 no estado. O relatório aponta que esta safra registra a maior área plantada da história, totalizando 2,77 milhões de hectares, superando o recorde anterior da safra 2021/22, quando foram plantados 2,74 milhões de hectares. A produção estimada é de 16,5 milhões de toneladas, embora haja um viés de baixa justamente devido às geadas, que pode reduzir esse volume.
Considerando que as geadas podem ter impactado a safra, a área com maior suscetibilidade de perdas é estimada em aproximadamente 964 mil hectares, por se encontrarem na fase de frutificação. Esta área tem o potencial atual de produzir cerca de 5,9 milhões de toneladas.
No entanto, o relatório aponta que é improvável que o impacto seja generalizado em todo o estado. Em um cenário onde 10% dessa produção em risco fosse comprometida, a perda potencial seria de aproximadamente 596 mil toneladas. Já em um cenário com 20% de perdas, a redução seria de cerca de 1,19 milhão de toneladas. Mesmo diante dessa hipótese de perda de 20% na área mais vulnerável, a safra ainda seria considerada histórica, tanto pela extensão plantada quanto pelo volume total de produção.
Da Redação
TOLEDO