Na reta final, milho safrinha surpreende com desempenho positivo

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Os dias de sol e tempo firme contribuem para a continuidade da colheita do milho safrinha. Nas lavouras, os maquinários trabalham a todo vapor e os resultados já são visíveis. O milho safrinha vem ganhando mais protagonismo nas lavouras e na economia do campo, deixando de ser complementar para se tornar estratégica.

Os dados preliminares mostram que a safra 2024/2025 já contabiliza excelentes resultados. O avanço da colheita da segunda safra de milho no Paraná está confirmando a perspectiva de produção recorde, agora estabelecida em 17,06 milhões de toneladas. Mantendo-se essa previsão será superior, inclusive, à estimativa inicial de 16,8 milhões de toneladas. Até agora foram colhidos aproximadamente 64% dos 2,77 milhões de hectares plantados.

A primeira safra, que já está toda colhida, rendeu pouco mais de 3 milhões de toneladas, o que elevaria o volume estadual de milho na safra 2024/25 a superar, neste momento, 20 milhões de toneladas, segundo relatório do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.

MILHO SAFRINHA – Na Regional de Toledo, a área que foi semeada de milho safrinha é de 469.588 hectares e a produção estimada é de 3.100.000 toneladas. O técnico do Deral Paulo Oliva comenta que a colheita ultrapassa 90% da área semeada.

“A colheita deve se encerrar até dia 10 agosto e os números consolidam as expectativas do Deral. O clima de julho aliados a fase final de maturação contribuiu para avanço da colheita”. E mesmo os desafios climáticos como a irregularidade das chuvas em fevereiro e a geada no final de junho, não impactaram na produção. “A safra de 2024/2025 de verão e inverno apresentaram excelentes desempenho”, complementa Oliva.

O restante da área que falta colher, que já está no estágio de maturação, apresentam 10% em condição ruim, 15% em condição média e 75% apresentam boas condições. De acordo com dados do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), há previsão de chuva para domingo (3), segunda-feira (4) e terça-feira (5) com acumulados que poderão chegar a 33 milímetros em Toledo. No restante da semana o sol prevalece com tempo firme para a finalização da colheita do milho safrinha.

TRIGO – O trigo por sua vez teve a área reduzida neste ano. Na Regional de Toledo, Paulo Oliva afirma que são 5.900 hectares plantados com expectativa de colher 15.522 toneladas. “Ou seja, a área significa 0,7% da área do estado; não chega a 1%”, cita. “Nós tivemos aumento de área de milho segunda safra devido o cereal ter melhor liquidez e, com a antecipação do ciclo da soja, o produtor optou pelo milho safrinha reduzindo assim a área do trigo na Regional de Toledo”, explica o técnico do Deral.

Mesmo sendo uma cultura de inverno, Oliva esclarece que algumas áreas pontuais foram afetadas pela geada de final de junho. Atualmente, 90% das lavouras apresentam boas condições, 5% condições médias e 5% condições ruins. Em relação ao desenvolvimento das lavouras, 75% estão na fase de frutificação e 25% na fase de floração. “A medida que o estado fenológico avança teremos um melhor panorama da cultura. A colheita tem previsão de começar no final de agosto. Neste momento produtores estão realizando os tratamentos sanitário de acordo com andamento do cultura”, salienta o técnico.

ESTADO – De acordo com Boletim Conjuntura, referente a semana 31/2025, a colheita do milho segunda safra avança em ritmo forte em quase todo o estado, com muitas regiões relatando mais de 70% da área colhida. O tempo firme durante a maior parte de julho contribuiu para a boa qualidade dos grãos, com produtividades frequentemente acima das expectativas, mesmo nas áreas inicialmente afetadas por geadas. Nos últimos dias, chuvas localizadas causaram paralisações pontuais nos trabalhos, mas também ajudaram a preservar a qualidade das lavouras ainda não colhidas. Algumas áreas, no entanto, registraram acamamento provocado por ventos fortes, o que pode comprometer a produtividade final.

Em relação ao trigo, a Previsão Subjetiva de Safra de julho aponta uma área semeada de 833 mil hectares, com uma produção esperada de 2,6 milhões de toneladas. Esse volume representa um reajuste em relação aos 2,7 milhões previstos em junho. Além de uma pequena revisão da área, a geada de 25 de junho impactou especialmente as produtividades da região Norte do estado. Outras regiões também foram atingidas pontualmente, especialmente no caso de lavouras plantadas fora do zoneamento. Esses números ainda podem apresentar variações significativas, dada a incerteza quanto à extensão dos danos às plantas. As primeiras áreas prejudicadas pelas geadas serão colhidas em meados de agosto, momento em que se terá maior clareza sobre os prejuízos.

Com informações da AEN*

*Da Redação

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