Exposição Mírame conecta arte e história no Museu Histórico Willy Barth

Estimated reading time: 4 minutos

O Museu Histórico Willy Barth abriga a exposição Mírame, realizada em parceria com a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). Ao todo, são cinco mostras simultâneas, que reúnem xilogravura, poesia, fotografia, retábulos em pintura e mosaicos em cerâmica, criados por artistas de todo o continente americano. As obras estarão expostas até o dia 3 de agosto, com entrada gratuita.
Em entrevista ao programa Conversa Oeste, exclusivo do Jornal do Oeste, o produtor cultural e atual chefe do Departamento de Cultura da Unila, Luciano d’Miguel, ressaltou os destaques deste espaço que une arte e memória. Luciano também reforçou o convite à população para visitar o Museu. “Nós sempre indicamos às pessoas para que elas venham não somente com os olhos abertos, mas com as mentes abertas, principalmente com o coração aberto”.

PINTURA – Logo na entrada do Museu, a exposição começa com pinturas em tinta acrílica sobre retábulos de madeira. As imagens retratam mulheres indígenas, personagens ancestrais que compõem a cultura latino-americana e resgatam a memória dos povos originários.

MOSAICO – O mestre mosaicista Javier Guerrero doou, em 2010, à Unila, um acervo composto por 42 retratos de poetas latino-americanos com forte engajamento social, como Pablo Neruda. A mostra destaca a relevância desses artistas por meio de obras em preto e branco, produzidas com mosaicos em cerâmica.

RETRATOS – Organizada pela Secretaria de Comunicação da Unila, esta mostra apresenta retratos de estudantes de 32 nacionalidades, evidenciando uma ampla diversidade cultural e étnica.

POESIA – A exposição Pra Que Letra representa a ‘palavra que leva e traz’. “É um projeto de poesia visual mediado pelo Gastão Consentino, que também é professor nosso da universidade, de origem argentina, que faz uma brincadeira com a poesia, levando para os mais variados locais. Inclusive, nos lugares de privação de liberdade, que são os presídios”, explica Luciano.

XILOGRAVURA – A mostra em xilogravura retrata os modos de habitar em áreas rurais latino-americanas não capitalistas. Nessas comunidades, o dinheiro ainda não chegou como principal forma de troca e o escambo segue sendo praticado.

EXPOSIÇÃO PERMANENTE – Além das mostras temporárias, o andar superior do Museu abriga uma exposição permanente que conta a história do município de Toledo. Entre os itens expostos, destacam-se objetos pertencentes ao pioneiro Willy Barth, ferramentas usadas nos primeiros anos da construção da cidade, móveis antigos que compõem cenários de época, além de materiais ligados à educação e à fauna da região oeste do Paraná. O museu conta atualmente com mais de 30 mil itens catalogados, sendo que passará por um processo de renovação da exposição a partir de setembro.

VISITAÇÃO – O Museu está localizado na Rua Guarani, nº 3843, em frente ao Hospital Regional, na Vila Becker. O espaço é aberto ao público de terça a sexta-feira, das 8h às 11h45 e das 13h30 às 17h30. Nos dois primeiros sábados de cada mês, o atendimento é das 13h30 às 17h30.

Da Redação
TOLEDO

...
Você pode gostar também
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.