Mudança de profissão: existe o momento ideal?

Mudar de profissão pode ser uma tarefa fácil para alguns e complicada para outros. Quando algum dos pilares que sustentam a profissão começa a ceder é preciso rever as prioridades para não abalar toda a estrutura.

A profissão escolhida ainda na infância, estudada na juventude e colocada em prática na fase adulta, nem sempre, é suficiente para trazer satisfação pessoal, valorização no mercado de trabalho, retorno financeira e felicidade. A decisão em mudar de profissão envolve diversos fatores externos, pois pode implicar no retorno aos estudos, mudança de cidade, novos horários de trabalho, alterações na rotina familiar, entre outras particularidades.

No contexto geral, existem ‘gatilhos’ que quando são acionados tendem a fazer com a mudança de profissão aconteça de fato. O psicólogo, Silvio Vailão, destaca que a intenção de mudança de profissão envolve sentimentos de novas e melhores experiências. Ele aponta que toda mudança envolve escolhas e quando elas acontecem sem a pressão de fatores externos a transição tende a ser mais envolvente.

GATILHOS PARA A MUDANÇA – “A mudança pode ser estabilidade financeira, poder de liderança, liberdade, questões emocionais, entre outros fatores que envolvem as escolhas e necessidades pessoais de cada um. Qualquer um, ou mais de um podem envolver os gatilhos que incentivam as mudanças”, declara,

O profissional cita que os principais indicativos para um processo de transição envolvem a maneira como a pessoa se sente em relação a profissão. Vailão pontua que a decisão em mudar é uma forma de buscar resolução de problemas como desiquilíbrio da saúde física e mental, insatisfação profissional, Síndrome de Burnout (esgotamento profissional), insatisfação no âmbito financeiro, entre outros fatores.

COMO MUDAR? – “Ao decidir viver esse processo de transição, de mudança, a pessoa precisa analisar três aspectos importante que envolvem o que de gosta de fazer, o que já tem conhecimento e qual a demanda do mercado. Esses pontos precisam ser levados em consideração para que possa ser traçado um novo caminho profissional”, orienta.

Segundo o psicólogo, esse tipo de escolha ao ser decidida sem uma programação prévia, sem análises, sem avaliações dos cenários que envolvem a preparação, os investimentos, as necessidades do mercado e os objetivos e necessidades particulares, a pessoa pode estar precipitando. “Não precisamos ser algo que não queremos mais, contudo, analisar, saber escolher e fazer projeções do futuro são ações que precisam ser tomadas para que as chances de acerto sejam mais significativas”, salienta.

EXISTE O MOMENTO CERTO? – Entre as dúvidas mais frequentes que Vailão acompanha em relação a mudança de carreira, ele aponta a incerteza quanto ao momento ideal para fazer isso. Ele comenta que, geralmente, a troca de carreira não está vinculada a resultados a curto prazo, pois envolve resultados que nem sempre dependem apenas das ações ou dedicação do profissional.

“Temos diversas áreas de atuação e todas podem ser rentáveis, mas pode chegar o momento do ápice e isso já não ser o suficiente, ou pode envolver outros fatores já citados (como emocional, liberdade, etc) e essas insatisfações podem indicar que é momento certo para mudar, para buscar algo novo, para se sentir desafiado”, conclui.

Da Redação

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