Nova bandeira tarifária reflete no bolso e estimula uso racional de energia

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A crise hídrica que o país sofre já reflete no bolso do consumidor. Desde o dia 1º de setembro, os brasileiros contam com uma nova bandeira tarifária, a bandeira de escassez hídrica e passará a pagar R$ 14,20 extras a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. A cobrança extra encarecerá a conta de energia, em média, em 6,78%, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O gerente de serviço da Unidade da Copel em Toledo, Alexandre Zulim, explica que em períodos de estiagem, principalmente nos reservatórios das hidrelétricas, é preciso gerar energia através de outras fontes como as termelétricas, um sistema mais caro.

“A cobrança da bandeira de escassez hídrica é uma decisão do governo e será mantida enquanto permanecer essa realidade crítica nos reservatórios. Essa avaliação é mensal. Se mudar o cenário, a bandeira tarifária também poderá muda”.

CONSUMO CONSCIENTE – Enquanto isso, uma mudança na rotina pode ajudar a reduzir o valor da tarifa. O uso racional de energia inclui medidas simples como banhos rápidos e na opção verão, reduzir o uso do ferro de passar roupas, utilizar a máquina de lavar roupas na capacidade máxima, desta forma reduz a quantidade de vezes que liga o eletrodoméstico.

Pequenas manutenções e melhorias também podem colaborar para economizar energia como verificar se as borrachas de vedação da geladeira estão funcionando corretamente e trocar as lâmpadas antigas pelo modelo LED, que é o mais econômico. “São pequenas medidas que podem trazer uma redução significativa no final do mês”, pontua.

Zulim lembra que os consumidores também devem estar atentos com relação a utilização de aparelhos mais antigos, que também são vilões da conta de energia. “Os eletrodomésticos mais antigos utilizam mais energia. Se puder, o interessante é trocar pelos modelos mais modernos e com selo de economia de energia”, complementa.

BANDEIRAS – Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica e são dividida em níveis: verde, amarelo e vermelho. Elas indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar a energia.

Quando a bandeira tarifária é verde, a geração de energia está normal e não há acréscimo na tarifa. A bandeira amarela significa que as condições de geração de energia não estão favoráveis, e a conta sofre acréscimo de R$ 1,874 por 100 quilowatt-hora (kWh) consumido. Já a bandeira vermelha mostra que está mais caro gerar energia naquele período e essa bandeira é dividida em dois patamares.

Da Redação*

TOLEDO

Com informações da Agência Brasil