Importação de leite pelo Brasil recua em julho

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A importação de lácteos, que vinha crescendo mês a mês desde abril, foi freada em julho. No sétimo mês do ano entraram no Brasil 23,4 mil toneladas de derivados de leite, volume inferior às 27,4 mil toneladas do mês anterior.

A análise sobre o produto está no Boletim de Conjuntura Agropecuária, referente à semana de 18 a 24 de agosto. O documento é preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab).

Os dados do Agrostat, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária que reúne informações sobre o comércio exterior do agronegócio brasileiro, apontam, no entanto, que no acumulado do ano foram 161 mil toneladas de importação. Esse volume supera em 260% as 62 mil toneladas do mesmo período de 2022.

O grande volume de importações vem sendo uma das principais reclamações dos produtores brasileiros, que consideram ser este, aliado à fraca demanda, o principal influenciador da queda de preço pago ao pecuarista de leite. Em julho o valor estava, em média, em R$ 2,71 o litro posto na indústria – 10% menor que os R$ 2,84 recebidos em julho de 2022.

TRIGO E MILHO – As duas últimas semanas foram majoritariamente de sol no Paraná, favorecendo o avanço da colheita das culturas. O trigo registrou 4% da área total de 1,4 milhão de hectares colhida, ante 1% na semana anterior. Mas a produtividade não tem sido boa até agora, especialmente no Oeste paranaense.

Por outro lado, aquela região registra boa produtividade na segunda safra de milho. Já são 14% dos 2,4 milhões de hectares colhidos. Mas ainda está bem abaixo da média dos últimos cinco anos, quando, neste período, atingia 76%. É consequência do plantio tardio da cultura.

FRUTAS DE CAROÇO E FEIJÃO – O boletim fala ainda sobre a comercialização, em 2022, de 17,6 mil toneladas de frutas de caroço – pêssego, ameixa e nectarina – nas Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasa), gerando movimentação financeira de R$ 104,3 milhões. Até agora, em 2023, já foram 5,9 milhões de toneladas com R$ 43 milhões movimentados.

A segunda safra de feijão foi satisfatória, apesar de problemas enfrentados no início do plantio com o excesso de chuva, seguido de déficit hídrico em maio. A colheita também teve vários dias de chuvas, com redução na qualidade do grão. Foram colhidas 496 mil toneladas em 292 mil hectares.

FRANGO E FUNGICULTURA – O documento registra também que no acumulado de janeiro a julho as exportações de frango totalizaram 3 milhões de toneladas, volume 8,2% superior ao do mesmo período em 2022, que foi de 2,8 milhões de toneladas. Os dados são da Associação Brasileira de Proteína Animal.

Na fungicultura, há o registro de que em 2022 a produção paranaense de cogumelos atingiu cerca de 800 toneladas, gerando valor bruto de produção de R$ 15 milhões. Em 2021 o Estado tinha produzido pouco mais de 1 mil toneladas, que resultaram em R$ 14,3 milhões.

Da AEN

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