Sistema de exaustão inteligente reduz gases tóxicos nas granjas

Por Jornal do Oeste Publicado em 04/09/2025 - 13:30 Atualizado em 04/09/2025 - 10:20

A entrevista aconteceu na tarde da última quarta-feira (3) Crédito: Graciela Souza

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A qualidade do ar nas granjas é um fator crítico para o sucesso da produção animal. Gases tóxicos como a amônia e Co2 comprometem a saúde dos suínos e aves, afetando seu desempenho e aumentando riscos sanitários. O ZEROGas® surge como uma solução inovadora para esse desafio. A editora do JORNAL DO OESTE Bruna Manfroi entrevistou em seu podcast ‘Algo a Mais’, o CEO da Opencadd Agro Douglas Oliveira, o gerente comercial Cleiltom Junior Marangon e o presidente da Associação Regional dos Suinocultores do Oeste do Paraná (Assuinoeste) Delmar Briccius.

Atualmente, a empresa, a Assuinoeste e o Sicredi Progresso PR/SP possuem uma parceria para a implantação do sistema, o qual é responsável por retirar os gases que prejudicam o desenvolvimento dos animais. Com tecnologia avançada, ele reduz a concentração de amônia, dióxido de carbono e outros gases tóxicos, mantendo um ambiente equilibrado para os animais.

O uso do ZEROGas® demonstra melhoria significativa na saúde dos animais, refletindo em maior ganho de peso diário, menor mortalidade e redução do uso de medicamentos, o que gera economia e sustentabilidade operacional.

TECNOLOGIA – O CEO da Opencadd Agro Douglas Oliveira explica que alguns setores do agronegócio começam a fazer a lição de casa. “A pecuária tem investido em tecnologia. O produtor evoluiu muito em maquinários nos últimos anos. Atualmente, alguns operam sozinhos, por exemplo, as máquinas utilizadas na produção de grãos”.

Os avanços em tecnologia chegam ao setor de suinocultura e de avicultura. “As investigações começaram em anos anteriores. Foram quase quatro anos de pesquisas para iniciar as atividades da Opencadd Agro em Toledo”.

O gerente comercial Cleiltom Junior Marangon salienta que a empresa atua em Toledo e na região. “Nós temos um sistema inovador. Ele retira os gases prejudiciais do ambiente”.

Oliveira pontua que a empresa pretende medir os gases. “O CO2 pode ser lembrado como ‘a morte sem dor’. A amônia e o sulfeto de hidrogênio provocam doenças respiratórias e o metano causa efeito estufa no solo”.

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Ele complementa que os produtores ficam surpresos com os resultados do sistema. “Não imaginávamos o impacto que poderia causar na atividade. Essa tecnologia melhora a qualidade de vida do animal e, principalmente, do colaborador que atua na granja; essa é uma prática ou preocupação da Opencadd. Ao dialogar com o produtor percebemos que existe a preocupação com o bem-estar do ser humano em si”.

Segundo Oliveira, a suinocultura está tecnologicamente atrasada. “O equipamento proporciona uma gestão mais humanizada. A empresa possui uma equipe de técnicos e nós retiramos o gás da granja. As pessoas não acreditavam, mas é possível”.

BENEFÍCIOS – A Assuinoeste é a casa do suinocultor e a entidade presta atendimento a mais de 50 cidades. “Com essa parceria o nosso interesse é beneficiar o suinocultor”, afirma o presidente da entidade Delmar Briccius.

Ele enfatiza que o equipamento realmente funciona. “Nós entramos no local e não saímos com o cheiro. A suinocultura está com zero gás. Isso é possível devido a parceria com o Sicredi Progresso PR/SP e a Assuinoeste. Assim, a granja ficará melhor. Nós não pretendemos vender sonhos, e sim, sermos a realidade. Estamos contentes com a parceria”, relata.

O CEO da Opencadd Agro acrescenta que a Associação possui 50 anos de idade. “Trata-se de uma entidade com acertos e erros e, por isso, a parceria é importante. Você atua em um ‘time’ envolvido com pessoas que querem realizar ‘coisas’ hoje pensando no futuro. Somos uma empresa nova que chega em Toledo, mas colocamos o nosso produto para testar e o produtor vai tomar a decisão de compra ou não. Atualmente, o ganho por animal é de R$ 0,25”.

Conforme Oliveira, a empresa pretende construir credibilidade e transparência no mercado. “Tem investimento, mas acreditamos no retorno ao produtor; essa é a nossa forma de trabalho. O equipamento passa a controlar a temperatura e a umidade do barracão e na creche (do suíno) isso é fundamental. Você precisa de mais tempo para baixar ou aumentar a temperatura. Em algumas horas, eu tenho a renovação do ar dentro do barracão”.

Ele recorda que em uma das granjas, o produtor recebeu um lote ruim e entregou todos os animais sem doenças e com pesos adequados. “Além disso, o produtor consegue reduzir a quantidade de medicação ofertado ao animal; o suíno ganha mais peso, melhora o resultado na conversão em torno de 30% a 40%. O ganho é visível a partir do primeiro ciclo. Por isso, a instalação é personalizada”.

O presidente da Assuinoeste acrescenta outro benefício que é o fato do produtor vacinar menos o animal, principalmente, no ciclo final e o índice de mortalidade também é menor. Oliveira também cita que o suíno está mais propenso a ter doença respiratória. “Normalmente, o animal fica exposto aos gases e com a imunidade baixa, o suíno fica propenso a desenvolver outras doenças”.

De acordo com o CEO da empresa, é possível atender todos os ciclos, desde o período gestacional até a entrega do animal. Ele cita o exemplo que se a creche era de 40 dias, com a eliminação dos gases, o período para o desenvolvimento do animal pode diminuir em cinco ou sete dias.

TRANSPARÊNCIA – Oliveira declara que os impactos do Programa estão em fase de análise. “Nós manteremos sempre a transparência em nossas relações. Pretendemos agregar valor e credibilidade ao nosso trabalho e isso você conquista ao longo do tempo. Nós prestamos serviços para as maiores empresas do Brasil. É uma história construída ao longo dos anos e os depoimentos dos produtores são positivos”.

O gerente comercial salienta que existe uma equipe preparada para levar o melhor ao produtor. “Nós estamos dispostos a colaborar com o produtor”. De acordo com Oliveira, existe o pós-venda com visitas periódicas para acompanhar todo o trabalho. “Exemplo: um cliente teve um problema no equipamento e conseguimos substituir a peça. A nossa equipe técnica é criteriosa e tem um olhar responsável. Tenho orgulho da minha equipe”. O presidente da Assuinoeste finaliza que se o animal precisa ter bem-estar e o ser humano também necessita deste bem-estar. Outras informações no link https://www.youtube.com/live/p7_nMY37D68

Da Redação

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