Período do vazio sanitário inicia nesta sexta-feira (10)

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Na próxima sexta-feira (10), inicia o vazio sanitário da soja e segue até o dia 10 de setembro. Neste período fica proibido cultivar, manter ou permitir a existência de plantas vivas de soja, semeadas ou voluntárias, no campo. Essa é uma estratégia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para reduzir o esporo da ferrugem asiática, uma doença que se multiplica e se reproduz somente na cultura da soja.

O fiscal agropecuário da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) Anderson Lemiska, explica que a ferrugem asiática da soja é a principal doença que afeta a cultura da soja. No Brasil, ele cita que existe o Programa Nacional de Controle da Ferrugem da Soja que visa o fortalecimento do sistema de produção da soja congregando estratégicas de defesa vegetal, geralmente focado junto com a pesquisa agrícola e da assistência técnica da prevenção e controle dessa doença.

“Algumas práticas de manejo e estratégias estabelecidas por esse Programa é a calendarização da semeadura, com um período mínimo que os estados estabelecem de início e término da semeadura e, o objetivo dessa estratégica é racionalizar o número da aplicação de fungicida visando buscar a redução do desenvolvimento de resistência das doenças, principalmente a ferrugem”.

NOVIDADE – No Paraná, a Portaria 516, de 1º de fevereiro de 2022, estabelece no estado o período de 10 de junho como início e 10 de setembro como o término do vazio sanitário. E essa portaria trouxe uma inovação. São 21 estados que participam do vazio sanitário da soja, incluindo os estados que não tinham regulamentação em relação ao vazio sanitário da soja, como Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

“Para esse ano nós temos a novidade que o manejo e o combate preventivo da soja por meio do vazio sanitário da soja está sendo feito de forma integrado entre os estados. É uma sincronia com os estados vizinhos muita boa, porque a doença pode se desenvolver na entressafra em um estado que não tenha regulamentação e migrar para outros estados que tenham o vazio sanitário da soja. Essa Portaria 516 traz essa novidade que é um avanço no sentido de integrar as forças no combate ao ferrugem asiática da soja”, salienta o fiscal.

FISCALIZAÇÃO – Durante o período do vazio sanitário, Anderson Lemiska conta que os fiscais da Adapar vão estar a campo com ações de fiscalização e verificação do cumprimento da Portaria 516 para subsidiar o setor produtivo no combate dessa principal doença da cultura da soja.

“A Adapar orienta os agricultores para que façam a eliminação das plantas até o dia 10 de junho, principalmente porque ano passado tivemos frustação de safra em relação a cultura da soja e observamos que muitas áreas ficaram com a presença de grãos e germinação posterior a semeadura do milho safrinha. Portanto, ao finalizar a colheita, o agricultor deve fazer uma verificação e análise da sua área e, eliminar as plantas voluntárias de soja. O principal beneficiário dessa prática é o próprio agricultor”, conclui.

Da Redação

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