Polícia Civil do Paraná prende 42 pessoas em operação contra tráfico e lavagem de dinheiro

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A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu 42 pessoas durante uma operação que apurou a atuação de uma organização criminosa envolvida com tráfico interestadual de drogas, lavagem de dinheiro e corrupção ativa. As ações ocorreram simultaneamente no Paraná, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e São Paulo na manhã desta terça-feira (21).
Mais de 350 policiais participaram da operação, com a missão de cumprir os mandados, combater a lavagem de dinheiro e promover a descapitalização da organização investigada. A ação contou com o apoio das polícias militares de São Paulo e Santa Catarina e da Polícia Federal, que atuou no cumprimento dos mandados no Mato Grosso do Sul. A PCPR também empregou apoio aéreo com helicóptero, além de cães de faro nas diligências.
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No Paraná, os mandados foram cumpridos em Santo Antônio da Platina, no Norte Pioneiro; Londrina, Cambé e Jataizinho, no Norte; e Paranavaí, no Noroeste. Também ocorreram ações em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul; Bombinhas e Brusque, em Santa Catarina; e em Ourinhos, Hortolândia e São Paulo, no Estado de São Paulo.
Entre os presos, 36 foram capturados em cumprimento a mandados de prisão e outros seis foram autuados em flagrante por crimes como tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo. Os policiais também cumpriram 48 ordens de busca que resultaram na apreensão de diversas armas, porções de drogas, documentos e celulares, que serão periciados para subsidiar novas fases da investigação. Além dos ilícitos, foram apreendidos R$ 700 mil em espécie.
Ainda foram cumpridas ordens de bloqueio de contas bancárias e sequestro de 15 veículos de luxo avaliados em R$ 2,5 milhões e de quatro imóveis ligados aos investigados. As medidas têm como objetivo enfraquecer financeiramente a organização e interromper as conexões que sustentam sua estrutura criminosa.
A investigação teve início em abril de 2024, em Jacarezinho, no Norte do Estado. Em junho do mesmo ano, foram presos dois homens apontados como líderes do grupo. Eles foram capturados em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, e os aparelhos apreendidos foram submetidos a perícia.
“Com estas prisões e as investigações precisas e robustas que se seguiram, nós conseguimos apurar mais elementos probatórios sobre a atuação dessa organização criminosa, nos permitindo chegar à deflagração desta segunda fase da operação com foco nos membros envolvidos diretamente com a lavagem do dinheiro do tráfico de drogas”, disse o delegado Amir Salmen.
O grupo atuava trazendo drogas da fronteira do Brasil com o Paraguai e do Paraná com outros estados, como o Mato Grosso do Sul. A partir disso, fazia a distribuição no Norte e no Norte Pioneiro do Estado. As apurações também indicam que o grupo movimentou aproximadamente R$ 120 milhões desde 2021, cifra que demonstra a capacidade de infiltração e o nível de organização alcançado pela rede criminosa. Os valores foram movimentados entre pessoas e entre empresas e também na aquisição de bens, como imóveis e veículos, a fim de ocultar a sua origem.
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O delegado Pedro Cáprio, responsável pela investigação, explica que a operação representa uma etapa importante do trabalho de longo prazo desenvolvido pela instituição. “O objetivo da operação foi desarticular toda a estrutura do grupo, interrompendo a distribuição de drogas, a lavagem de dinheiro e as relações que mantêm o crime organizado ativo”, afirma.