Custo da cesta básica tem redução superior a 2%

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Após três meses consecutivos de aumento, o custo da cesta básica de alimentos de Toledo teve uma redução de -2,51% entre abril e maio, segundo relatório divulgado nesta terça-feira (17). Em contrapartida, nos últimos 12 meses houve um acumulado de 4,21% no custo, ao passo que o acumulado em 2025 (janeiro a maio) é de 8,57%. Os dados são da Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos de Toledo, um levantamento realizado pelo Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR), da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Toledo e através de um convênio com a Prefeitura de Toledo. O levantamento é coordenado pela professora e doutora Crislaine Colla.

A Pesquisa mostra que o custo da cesta básica individual passou de R$ 697,67 para R$ 680,13, de abril para maio de 2025. Nos últimos 12 meses, foram seis meses com aumentos e seis meses com reduções no custo, sendo que em maio de 2025 a cesta básica estava R$ 680,13 e em junho de 2024 era R$ 652,68.

Houve reduções no custo nos meses de julho e agosto de 2024, o qual voltou a aumentar em setembro e outubro. Em novembro e dezembro de 2024 e em janeiro de 2025 o custo da cesta básica diminuiu, com novos aumentos em fevereiro, março e abril de 2025.

Quando a pesquisa foi iniciada no município de Toledo pela Unioeste, em abril de 2021 (há 50 meses), a cesta básica custava R$ 488,61 e, em maio de 2025, seu custo foi de R$ 680,13, o que significa um aumento acumulado de 39,20% no período.

METODOLOGIA – A metodologia adotada para calcular os custos da cesta básica familiar leva em consideração os custos alimentares de uma família de três pessoas, que seria uma família composta por quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças – as duas crianças correspondem a um adulto, conforme a metodologia adotada.

“Assim como na cesta básica individual, houve redução de -2,51% no custo da cesta básica familiar, passando de R$ 2.093,02 em abril de 2025 para R$ 2.040,39 em maio de 2025”.

PRODUTOS – Dos 13 itens da cesta básica pesquisados no levantamento, seis apresentaram aumento do preço médio, que foram: a batata (23,37%); o pão francês (8,64%); a farinha de trigo (4,32%); o café (1,93%); o leite (0,59%); e a margarina (0,17%). Por outro lado, sete produtos apresentaram redução no preço médio no período: o tomate (-21,19%); o arroz (-6,60%); a banana (-5,57%); a carne (-2,47%); o feijão (1,51%); o açúcar (-1,46%); e o óleo de soja (-0,50%).

“A batata foi o produto que apresentou o maior aumento no período analisado, de 23,37% e ocorreu devido ao fim da safra das águas no Sul do país, provocando redução da oferta e aumento do preço”.

O levantamento mostra também que o pão francês e a farinha de trigo apresentaram o segundo e terceiro maior aumento, por conta do período de entressafra do trigo. Por sua vez, o tomate apresentou a maior redução no preço ao consumidor (-21,19%), dada a maior oferta, devido à safra de inverno.

“Diante da variação total da cesta básica individual para o mês de maio de 2025, que foi de -2,51%, a redução no preço do tomate e da carne representaram o maior impacto para a redução do índice. A carne reduziu -2,47% em seu preço, mas ela representa aproximadamente 40% do valor total gasto com a cesta básica, tendo um efeito mais expressivo quando se observa uma variação no seu preço”.

VARIAÇÃO – Nos últimos 12 meses, os produtos que apresentaram aumento de preços nos últimos 12 meses foram: o café (97,31%); o óleo de soja (31,06%); a carne (22,53%); a banana (13,50%); a farinha de trigo (10,82%); o pão francês (10,81%); a margarina (10,13%); e o açúcar (0,96). Em contrapartida, cinco produtos da cesta básica apresentaram variação acumulada negativa no período dos últimos 12 meses: a batata (-45,44%), o arroz (-26,36%); o tomate (-24,12); o feijão (-8,73%); e o leite (-7,50%).

Em relação ao período de janeiro a maio de 2025, nove produtos apresentaram aumento: a batata aumentou (66,32%); o tomate (36,82%); o café (31,90%); a farinha de trigo (14,97%); a margarina (7,80%); o leite (6,27%); a carne (4,90%); o pão francês (4,11%); e a banana (1,96%. Por outro lado, apresentaram redução no preço, no acumulado do ano: o feijão (-18,03%), o arroz (-17,23%), o óleo de soja (-11,42%) e o açúcar (-0,35%).

Da Redação

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