Salvar vidas: na UTI Neonatal, cada doação de leite humano faz a diferença

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A prioridade do leite doado para o Banco de Leite Humano Dr. Jorge Nisiide da Hoesp/Hospital Bom Jesus é para atender aqueles que estão internados na UTI Neonatal e os que nascem no hospital e precisam de complemente durante a internação. Para esses bebês, cada gota desse líquido precioso faz a diferença.
A pediatra neonatologista – uma das plantonistas da UTI Neonatal do BJ – Larissa de Lima Prestes reforça que o leite materno é a principal fonte de alimentação – e remédio, inclusive – para um prematuro. Ela explica que o sistema imunológico, o sistema gástrico e o sistema nervoso desses bebês precisam de alguns componentes que só têm na alimentação.
“Um bebê, quando nasce prematuro, não necessariamente precisa de medicamentos para se desenvolver, mas a principal fonte de crescimento e desenvolvimento é o leite humano, é o leite materno”, destaca.
RECEBER O LEITE – Antes de chegar até a UTI Neonatal, o leite doado passa por todo um protocolo seguido pelo Banco de Leite. A pediatra neonatologista explica que, a forma como bebê internado irá receber esse leite, pode variar de acordo com uma série de questões.
“A partir das 33 semanas ou 1.500 quilos, a criança já é capaz de receber leite via oral, ou seja, pela boquinha, inclusive no peito. Mas isso tem um gasto calórico. Então, para o bebê na UTI Neonatal, a principal forma de alimentação, pensando na questão do peso e do gasto calórico, é a alimentação por sonda”, explica.
A médica pontua que, conforme protocolo, a partir de 1.900 quilos – quando o bebê chega nesse peso – já é possível colocá-lo para mamar no peito da mãe – caso a produção de leite estiver ineficaz – acontece o ato de amamentar de outra maneira. “Existem várias formas de amamentar: por sonda, pelo peito diretamente, por copinho, por colherinha, por mamadeira. Como nós somos um Hospital Amigo da Criança, as principais formas de alimentação que nós preconizamos são: sonda, peito e copinho”.
LEITE HUMANO SALVA VIDAS – Para que o bebê internado na UTI Neonatal desenvolva de acordo com o esperado, a pediatra neonatologista comenta que existe um cálculo da necessidade hídrica diária, que define quanto de leite esse bebê precisa receber. Diariamente, os bebês internados são pesamos e são realizados os cálculos para atender essa necessidade, pois existe um volume X que a criança vai receber como dieta.
“Caso a mãe não tenha leite suficiente – porque a produção dela ainda não é eficaz, por falta de estímulo, por exemplo – é o Banco de Leite que vai suprir essa necessidade. Ou seja, é a doação de outra mãe que vai fazer a diferença. Leite humano é vida. Leite humano salva vidas. Leite humano, na Neonatologia, é a base de qualquer tratamento”, enfatiza.
Da Redação
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