Santo Antônio: fé, tradições e milagres que se espalharam pelo mundo

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Santo Antônio foi um dos santos canonizados mais rapidamente na história. Nascido em Lisboa, Portugal, com sua trajetória de vida e de fé, ele se tornou um dos santos mais conhecidos e queridos do mundo. Trazida pelos portugueses, sua devoção foi espalhada pelo Brasil e faz parte de uma tradição religiosa e cultural celebrar a data de 13 de junho – Dia de Santo Antônio.

Além de ser famoso como o ‘santo casamenteiro’, Santo Antônio também é conhecido pela realização da distribuição de pães: ele distribuía pães aos pobres e a tradição é mantida até hoje em muitas igrejas.

“Santo Antônio foi um jovem português, nascido no século XIII, que começou a sua caminhada já numa vida muito bonita, desde criança ele era muito piedoso”, relata o pároco da Paróquia Santa Rita de Cássia, frei Gabriel de Moura Lima. “Conta-se muitas histórias de milagres, alguns também são exagerados e até inventados. Mas era um jovem assim, desde menino, muito voltado para a religião”.

O frei lembra que Santo Antônio entrou para os Agostinianos – que é a ordem do Papa Leão. Ele entrou para os agostinianos e como era muito inteligente, tinha formação superior, se tornou um professor de teologia na ordem. Quando ele ainda era jovem conheceu os franciscanos – que estavam começando ainda a caminhada de ordem.

“Na época, Francisco de Assis ainda era vivo Eles estavam começando a espalhar-se pela Europa e chegaram a Portugal. E, em Portugal, eles tiveram uma comunidade e Antônio começou a ficar admirado que aqueles frades caminhavam nas simplicidade, no meio do povo, naquela humildade, espírito de oração, ele se apaixonou”, pontua o frei ao acrescentar que o Santo ficou comovido com a fé missionária de cinco frades franciscanos – eles foram para Marrocos, na África, e lá acabaram martirizados – depois disso, Santo Antônio decidiu ser franciscano, com a intenção de ser mártir em Marrocos.

“Ela conseguiu que precisa, entrou em um navio com destino a Marrocos, mas acabou indo parar na França, depois na Itália. Ele foi para muitas regiões pregando o evangelho e assim atrai multidões. Também deixou alguns sermões escritos e se tornou famoso. Contudo, ele morreu jovem, dizem que com 36 anos, talvez no máximo 40 anos”, cita

SANTO CASAMENTEIRO – A fama de ser casamenteiro, segundo o frei, surgiu porque Santo Antônio aconselhava muitas pessoas, ajudou muito as pessoas, os jovens. “A história que se conta é de uma jovem que queria se casar fez um voto a Santo Antônio pedindo essa graça. Mas o problema principal – aqui é a parte interessante é que Santo Antônio lutada pelas causas dos mais pobres, dos mais sofridos – essa jovem era pobre, de família humilde e não tinha o dote – algo necessário naquela época para que o casamento acontecesse. Ela recorreu a Santo Antônio – Santo Antônio já tinha morrido, já era proclamado santo – pediu a intercessão dele, para resolver essa questão do casamento e ela conseguiu esse dote e se casou”, conta.

O frei relata que Santo Antônio socorreu essa jovem – nessa necessidade, propiciando o casamento dela. “E a partir disso foi se multiplicando a busca de Santo Antônio para as pessoas conseguirem o casamento, sobretudo as mulheres. E isso nunca mais se desfez”.

DOAÇÃO DOS PÃES – Da prática de doar pães para os pobres, veio a prática de abençoar pãezinhos para as pessoas receberem bênçãos, abençoar para que não faltasse alimento e, inclusive, de curas de outros problemas físicos corporais. “Isso se tornou comum de se fazer nas terças – o dia de rezar a Santo Antônio, distribuir pãozinho de Santo Antônio. Tem igrejas no Brasil que distribui todas as terças do ano. No Seminário da Senhora de Fátima (que é nossa casa) é feita as 13 terças. Isso acontecem em preparação à festa Santo Antônio – no dia 13 de junho. Nesta data, temos uma celebração bem especial de Santo Antônio, em nossa casa, marcada pela Santa Missa às 19h30, depois temos uma benção de pães – com a entrega de aproximadamente três a quatro mil pães – depois tem a fogueira (pequena devido as cuidados com as questões ambientais) e uma grande confraternização onde a comunidade leva algo para partilhar – também recebemos doações para a confecção de cachorro-quente, pinhão cozido, pipoca, canjica, batata-doce, coisas próprias das festividades juninas e que as pessoas gratuitamente se fartam. É uma partilha mesmo, não se vende nada, é tudo gratuito. As pessoas compartilham”, destaca ao frei ao estender o convite para que a comunidade também participe.

Da Redação

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