Cuidados essenciais protegem a saúde no inverno

Por Jornal do Oeste Publicado em 25/06/2025 - 09:00 Atualizado em 25/06/2025 - 08:39

A higiene das mãos deve ser constante Crédito: Franciele Mota/Arquivo JO

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Os termômetros despencaram nesta semana em todo o Paraná. A última terça-feira (24) foi gelada com registro da menor temperatura do ano em várias cidades do estado. Na região Oeste, a geada tomou conta da paisagem. Segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), em Cascavel a mínima registrada foi de -2,4°C, em Palotina -1,1°C e em Toledo a mínima foi de -1,8°C.

As baixas temperaturas e a mudança de clima, característicos do inverno, podem impactar diretamente a saúde, aumentando a incidência de doenças respiratórias, resfriados e gripes. Cuidar da saúde no inverno, principalmente nos dias mais frios, é essencial para fortalecer o organismo e a imunidade.

O médico e diretor da 20ª Regional de Saúde de Toledo, Fernando Pedrotti, comenta que o período do inverno é de alerta para os cuidados com a saúde, de forma especial em relação às crianças e os idosos. “Porque são os públicos mais vulneráveis, de maior risco de evoluir com complicações e até mesmo de evoluir para óbito por conta da influenza”.

ORIENTAÇÕES – Durante o inverno, o ressecamento do ar e os ambientes fechados tornam os cuidados com a saúde ainda mais necessários. A baixa umidade pode irritar as vias respiratórias, deixando-as mais suscetíveis a infecções. E com o frio, é comum as pessoas permanecerem mais tempo em locais fechado, com pouca ventilação, facilitando a propagação de vírus e bactérias.

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Essas condições criam um ambiente propício para o surgimento e agravamento de doenças respiratórias. Mesmo com o frio, Pedrotti reforça os cuidados primordiais que também são adotados em outras épocas do ano. “A primeira orientação é manter ambientes abertos e bem ventilados, mesmo com o frio. Precisamos lembrar que os espaços são espaços de vida, de convivência e precisa renovar o ar até para manter uma adequada qualidade do ar. E também é fundamental evitar aglomerações”.

O médico também enfatiza a higiene das mãos lavando com água e sabão várias vezes ao dia, evitar tocar os olhos, o nariz e a boca e se e o fizer lavar as mãos logo em seguida, além do uso da máscara estando resfriado ou gripado. “O uso da máscara é algo que demonstra o cuidado, a preocupação e a consideração para com os demais. É algo que tem uma importância muito grande e é algo que esperamos que tenha ficado após a pandemia”, complementa.

CUIDADOS – Outros cuidados são necessários para manter a saúde em dia nesses dias mais frios, como buscar uma alimentação saudável evitando excesso de frituras, de gorduras e ingerindo mais líquidos. “No inverno temos uma tendência de tomar menos líquidos, o organismo pede menos. Mas é fundamental tomar bastante líquidos porque isso auxilia o organismo a manter o trato respiratório, as vias respiratórias devidamente hidratadas e aumenta a imunidade”, enfatiza Pedrotti.

As crianças que estão no período escolar sofrem mais na época do frio. Gripes e resfriados acabam fazendo parte da rotina pelo fato delas ter contato com mais pessoas, permanecerem por mais tempo em locais fechados e os cuidados simples de lavar as mãos, evitar tocar os olhos e boca e compartilhar objetos que são esquecidos.

Pedrotti lembra que a imunidade dos pequenos também é menor. “Por isso é fundamental que todos os cuidados e, naturalmente, a vacinação contra a influenza, uma vez que ela previne contra os principais vírus ou contra os vírus mais circulantes no nosso meio naquele determinado período”, esclarece o médico.

GRIPE – Os casos de Síndrome Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) têm aumentado nas últimas semanas e colocado as autoridades em alerta quanto ao aumento de internações de pacientes com complicações da doença. Ações para intensificar a vacinação da população, principalmente os grupos prioritários – crianças, gestantes e idosos – são realizadas sistematicamente para proteger a população do vírus.

Na área de abrangência da 20ª Regional de Saúde de Toledo a cobertura vacinal está entre 40% e 50%. Pedrotti cita que esse índice está abaixo do esperado, por isso a importância da população buscar a vacina. Ela contribui para reduzir a gravidade da doença e a chance de internações e óbitos.

Da Redação
TOLEDO

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