Seletividade alimentar: um desafio para muitas crianças com TEA

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Conviver com alguém com Transtorno do Espectro Autista (TEA) envolve desafio. São os familiares, as pessoas presentes no cotidiano que conhecem a realidade das limitações. Entre os obstáculos enfrentados, no dia a dia, está a seletividade alimentar.

A neuropsicopedagoga, especialista em TEA e intervenção ABA aplicada ao TEA, Andréia Schauren, destaca que a seletividade alimentar é uma das dificuldades mais presentes na vida das famílias que têm crianças com autismo. Para muitos pais e cuidadores, as refeições se tornam momentos de grande estresse e preocupação, pois a alimentação restrita pode impactar diretamente na saúde e no bem-estar da criança.

“Encontrar maneiras de lidar com esse desafio pode melhorar significativamente a saúde e o bem-estar dos nossos filhos. Muitas crianças autistas comem sempre os mesmos tipos de alimentos todos os dias, recusando qualquer variação. Essa seletividade pode estar ligada a diferentes fatores, como a textura, a cor, o cheiro ou até a forma como o alimento é servido. Algumas crianças, por exemplo, aceitam apenas alimentos crocantes, enquanto outras preferem comidas pastosas ou evitam completamente alimentos de determinada cor”, relata.

SAÚDE EM RISCO – A profissional aponta que essa limitação alimentar pode levar a deficiências nutricionais, pois a criança pode acabar consumindo apenas um grupo restrito de nutrientes. Ela destaca que é fundamental compreender que a seletividade alimentar não é uma simples ‘birra’, mas sim um comportamento ligado a questões sensoriais e neurológicas do TEA.

“Como mãe, vivi essa realidade dentro de casa com meus filhos e sei o quanto é desafiador lidar com isso diariamente. A frustração ao tentar introduzir novos alimentos, o medo de deficiências nutricionais e a cobrança social sobre como devemos alimentar nossos filhos são sentimentos que muitas famílias compartilham”, comenta ao reforçar a importância da trocar de experiências e informações entre as famílias.

Da Redação

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