Selo Clima amplia legado sustentável no Paraná; inscrições de 2025 estão abertas

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O Selo Clima Paraná, prêmio criado pelo Governo do Estado com objetivo de incentivar, reconhecer e valorizar práticas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, começa a deixar um legado importante na organização de empresas privadas, órgãos públicos e municípios.

A condecoração ampliou o alcance e faz reverberar dentro dessas instituições propostas e projetos de cuidados com a biodiversidade – as inscrições para a 11ª edição do prêmio, prevista para ocorrer em dezembro, estão abertas e podem ser feitas até 30 de julho no site da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (Sedest), na página do Selo Clima.

Uma dessas organizações é o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), autarquia vinculada à Prefeitura de Curitiba. Com quase 60 anos de atuação, o órgão vem incorporando progressivamente no dia a dia ações sustentáveis de diminuição dos impactos das mudanças climáticas. Por isso, no ano passado, foi reconhecido pela terceira vez consecutiva com a certificação Selo Clima.

Desde 2022 o Ippuc conta com uma comissão de sustentabilidade formada por servidores de diversas áreas que atuam de forma voluntária para planejar e executar ações ambientais internas.  O grupo conta atualmente com 13 pessoas e tem papel na construção de uma cultura institucional voltada para o uso mais consciente dos recursos.

Entre as medidas implementadas desde então, estão a substituição de antigos tubeiros (usados para armazenar projetos físicos) por lixeiras recicláveis e a criação de uma composteira, além de campanhas para o descarte correto de resíduos.

A instituição também publicou a Portaria 59/2025, que tornou obrigatório o uso de etanol em 50% dos veículos internos. A medida tem o intuito de reduzir as emissões de CO2. Outro ponto é que o órgão já elaborou diagnósticos para futuras adaptações de infraestrutura energética, como a instalação de painéis fotovoltaicos.

“Cada pessoa que trabalha na comissão fica um pouco mais atenta a tudo que está acontecendo em relação à sustentabilidade e vai fazendo sugestões, uma dinâmica bastante interessante, de pertencimento. É um trabalho voluntário, que uma pessoa faz por obrigatoriedade”, diz a jornalista e uma das integrantes do colegiado, Lívia da Costa Leprevost.

A cultura da sustentabilidade, destaca ela, também se expressa no modo como as metas são definidas e compartilhadas entre as áreas. “O Selo Clima também serve para ajudar a estabelecer prioridades e faz com que a gente consiga alcançar os nossos objetivos e desenhar um trabalho que dure o ano inteiro, bem amparado e estabelecido para os próximos anos. E, claro, a premiação é a recompensa de tudo isso”, afirma a jornalista.

O PRÊMIO – Lançado em 2015, o Selo Clima Paraná é um instrumento do Registro Público Estadual de Emissões de Gases de Efeito Estufa, previsto na Política Estadual de Mudanças Climáticas. Ele foi desenvolvido como uma estratégia do Governo do Estado para incentivar, reconhecer e valorizar práticas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

Mais do que uma certificação, ele representa um compromisso público com a sustentabilidade, promovendo a cultura Ambiental, Social e de Governança (ESG) em diferentes esferas. A metodologia é fundamentada nos princípios dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), além de outros compromissos internacionais como as campanhas Race to Zero e Race to Resilience. A proposta é destacar organizações que, por meio de suas ações concretas, demonstram protagonismo ambiental e responsabilidade socioeconômica nos campos de atuação.

A certificação é aberta a três categorias de participantes: organizações privadas, órgãos públicos e municípios, que participam por meio da modalidade Selo Clima Paraná – Cidades. Cada participante passa por um processo de avaliação técnica, com foco em resultados alcançados ao longo dos 12 meses anteriores à inscrição.

A pontuação final obtida define a categoria da organização dentro do selo: Categoria A, para aqueles que atingem 11 pontos ou mais; Categoria B, entre 7 e 10,99 pontos; Categoria C, de 3 a 6,99; e Categoria D, entre 1,60 e 2,99 pontos — sendo este o mínimo necessário para obter a certificação.

O reconhecimento, válido por 12 meses, funciona como um selo de qualidade ambiental, reforçando a imagem institucional de quem o recebe. Na edição mais recente, em 2024, mais de 185 participantes foram certificados. No total, 495 organizações foram condecoradas desde o início do prêmio, em 2015.

AEN

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